O atacante Dentinho fechou a temporada de 2009 na reserva, por baixo após um belo primeiro semestre, e vendo o Corinthians na busca por novos atacantes. Entrando um pouco aqui, um pouco ali, reconquistou a vaga. Hoje está suspenso e abre a possibilidade para Jorge Henrique, de quem ganhou a vaga, tentar a chance de mostrar ao técnico Mano Menezes que também tem condições de estar entre os 11 titulares. A chance surge em São José do Rio Preto, às 16h, diante do Ituano, jogo no qual só a vitória mantém a equipe viva no Campeonato Paulista.

"Temos grandes jogadores e todos aqui estão sujeitos a perder a vaga. Sei que posso dar grande colaboração ao clube e minha hora vai chegar novamente", afirma Jorge Henrique, confiante que, a partir desta tarde, sem o fantasma do companheiro e amigo Dentinho - foi expulso no clássico diante do São Paulo - possa jogar com tranquilidade e em alto nível como sempre fez.

Apontado pelo treinador como "taticamente perfeito", o camisa 23 começou bem a temporada. Anotou gols, deu assistências, mas aos poucos foi caindo de produção. A justificativa ele tem na ponta da língua. "O rodízio (de jogadores) atrapalhou um pouquinho. Não aproveitei bem as partidas, porém respeito quem está jogando", mostra humildade. "Contudo, vou me dedicar bastante para recuperar a vaga e sei que é possível jogarmos com três atacantes, repetindo o ano passado", sugere, escalando ele, Dentinho e Ronaldo entre os titulares. Com essa formação o Corinthians ergueu as taças da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista, invicto.

Mano não parece convicto que o esquema possa funcionar novamente. Pelos menos no momento ele não abre mão de três jogadores fortes na marcação e Danilo na armação. "Encontramos a maturidade, estamos tendo poucos equívocos e essa é a equipe ideal", disse, após a sofrida vitória sobre o Cerro Porteño, quinta, pela Libertadores, no Pacaembu.

Jorge, então, virou uma espécie de 12º jogador. Nas vitórias diante de São Paulo e Cerro Porteño, apertadas, com dose grande de sofrimento, os corintianos pediram sua entrada antes em campo, sob a justificativa de que com seu talismã, os triunfos viriam com menos sufoco. "Não posso dizer que sim, mas tenho de dar graças a Deus por termos um Corinthians cada vez mais forte. Com grandes jogadores, vamos brigar por títulos e posso ser decisivo na hora decisiva", garante. Seja como titular ou entrando alguns minutos.

Mano está ligado na tabela do Paulista. Na busca pelo bicampeonato, o treinador sabe que levar o Corinthians a duas vitórias nesta reta final não basta. É necessário que haja tropeço de São Paulo ou Prudente. "Não é fácil, mas estou confiante no final feliz", disse o comandante.

Sua aposta, hoje, é em Botafogo e Bragantino, adversários de São Paulo e Prudente, respectivamente.