A montadora alemã Daimler e a japonesa Toyota pretendem diminuir mais a produção em seus países.

A Daimler deve promover até o final deste ano uma segunda edição de seu programa de contenção de gastos, batizado de Core, afirma a revista WirtschaftsWoche.

A primeira edição do Core resultou em uma economia de 1,7 bilhão de euros entre 2005 e 2007 e custou cerca de 10 mil empregos.

Segundo a revista Automobilewoche, a Daimler pretende fabricar cerca de 150 mil automóveis Mercedes a menos do que o planejado para 2009. A medida poderia significar uma redução na jornada de trabalho para 30 horas semanais.

Por sua vez, a japonesa Toyota Motor Corp. deve reduzir a produção doméstica de veículos a partir de janeiro, segundo reportagem do jornal Asahi Shimbun. A empresa planeja parar de operar parte de suas linhas noturnas de produção de sua fábrica em Tahara, mantendo apenas os turnos diurnos.

Apelo - O presidente do sindicato dos trabalhadores da indústria automobilística americana, Ron Gettelfinger, fez um apelo às autoridades domingo por uma ajuda para o setor, defendendo a idéia junto à direção de três grandes montadoras de Detroit.

"Esta indústria está em uma situação pela qual não foi responsável", e que se deve à alta dos preços do combustível e à queda de Wall Street, declarou Gettelfinger em uma entrevista na versão online do Wall Street Journal. "É uma deformação afirmar que a direção (das montadoras) é responsável por tudo o que está acontecendo agora, que ninguém esperava", acrescentou.

Domingo, os parlamentares americanos discutiram no Congresso o plano democrata para resgatar a enfraquecida indústria automobilística nacional. Os republicanos afirmam que não pretendem apoiar o projeto que prevê uma ajuda de US$ 25 bilhões para o setor.