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Ainda devemos nos preocupar com a dengue?

Mosquito transmissor se reproduz ao longo de todo o ano, principalmente no período do verão

Por Tauana Marin
Diário do Grande ABC
10/01/2021 | 07:00
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Pixabay


Sim, mesmo com o mundo atravessando a pandemia do novo coronavírus, é recomendada toda a atenção sobre a proliferação da dengue. O verão começou em 21 de dezembro (e segue até 20 de março) e a estação mais quente é justamente o período em que as pessoas precisam redobrar o combate à doença. Um problema não impede que outro posso surgir e colocar a saúde da população em perigo.
 

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Ele se reproduz ao longo de toda a temporada e encontra facilidades para ampliar sua quantidade justamente na temporada com altas temperaturas. Tudo tem uma explicação lógica: por 90 dias, o verão costuma fazer com que os termômetros marquem, em média, 21,5ºC – com valores máximos ultrapassando 35ºC – e também é marcado por frequentes pancadas de chuva no fim de tarde. E é justamente de água parada que o mosquito listrado precisa para depositar seus ovos, seja em vasos de flores, pneus, calhas, latas de lixo, tampas de garrafa, folhas ou sacolas plásticas. Por isso que o Ministério da Saúde costuma intensificar nesta época campanhas para evitar a proliferação da doença.
 

O Aedes aegypti tem o hábito de voar baixo e picar membros inferiores das pessoas, casos de pernas e pés, além de buscar as mãos. Geralmente, ele fica ativo no início da manhã e no fim da tarde. É o mosquito fêmea o responsável por ‘atacar’ os seres humanos. Caso esteja infectado, ele pode transmitir a doença. O principal sintoma é febre alta (a partir de 39ºC), seguido de mal-estar, dores no corpo (com destaque para a barriga, no caso das crianças, principalmente), náuseas e vômitos em período de cinco a sete dias, podendo persistir certo cansaço. Os casos que não são tratados podem evoluir para algo mais grave, como hemorragias internas, e podem até matar.
 

A prevenção sempre será muito importante, uma vez que não há vacina. Parte das ações incluem acompanhar a existência de objetos abertos em casa ou no quintal e fazer a limpeza ou jogá-los no lixo. O inseto coloca ovos no recipiente com água parada e o embrião leva de dois a três dias para sair da proteção – sendo dois dias no verão e três no inverno, tudo depende da temperatura ambiente. Caso o local esteja seco e não haja água, a ‘casca’ do ovo vai endurecendo por ressecamento e pode manter a larva ‘viva’ por até 450 dias, até que tenha água no recipiente (no caso de chuva, por exemplo). O líquido amolece a casca e o inseto consegue deixar o casulo. Ele passa por vários estágios de desenvolvimento e se transforma em mosquito. O processo leva cerca de dez dias. Em contrapartida, as larvas são muito sensíveis. Caso isso aconteça, é importante lavar o recipiente com esponjas e produtos de limpeza, pois podem haver ovos ‘colados’ no item sem que as pessoas percebam.
 

O ideal é manter fechadas as tampas de vasos sanitários e de ralos pouco usados. A limpeza no quintal é fundamental, valendo colocar as garrafas vazias de cabeça para baixo e limpar as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, vasos de plantas, tonéis, caixas d’água) e mantenha-os sempre secos e limpos. Água sanitária e sabão são produtos excelentes na momento da limpeza.

Consultoria da equipe do Departamento de Vigilância à Saúde da Prefeitura de Santo André.




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