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Paulo Serra tentará trocar dívida por serviços de Saúde

Prefeito de Sto.André enviará projeto à Câmara para receber como pagamento exames em clínicas e hospitais devedores

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
08/02/2017 | 07:00
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Divulgação


O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), visitou a Câmara ontem e anunciou que dentro de alguns dias enviará ao Legislativo um projeto de lei que visa reduzir a fila de exames na rede pública do município. A ideia é aproveitar os débitos de clínicas e hospitais com a Prefeitura, que estão perto dos R$ 50 milhões, e utilizar a estrutura para atendimento dos pacientes que estão na fila. Dentre os hospitais que se enquadram nos quesitos prestabelecidos pela Prefeitura está o Christóvão da Gama, na Vila Assunção.

De acordo com o chefe do Executivo, atualmente 15 mil pessoas esperam para realizar exames. “O projeto vai atacar esse ponto e queremos zerar a fila até o fim do ano. Estive reunido com algumas entidades que possuem dívidas e pelo menos duas delas já demonstraram interesse. Quando a lei for aprovada, as clínicas já vão receber pacientes.”

Outro projeto que deve chegar ao Legislativo trata da reforma administrativa, que cortará cinco secretarias e 40% dos cargos comissionados. A proposta ainda passa por ajustes, mas Paulo Serra afirmou que as medidas já estão em operação. “Estamos tomando cuidado, para fazer as coisas da melhor maneira. Já estamos praticando o que a reforma vai oficializar, a aprovação da lei não vai mudar esse quadro e para os cofres não há qualquer impacto.”

O prefeito aproveitou a visita aos vereadores e entregou relatório com a situação orçamentária do município. Conforme o documento, a gestão anterior, de Carlos Grana (PT), deixou R$ 312 milhões em restos a pagar relativos aos anos de 2015 e 2016.

Os cortes de gastos começaram em janeiro com a economia projetada de R$ 12 milhões a R$ 15 milhões no ano com redução de cargos comissionados e gratificações. Além disso, a Prefeitura espera arrecadar R$ 1 milhão e gerar economia de R$ 3 milhões com o leilão de 141 veículos oficiais.

IMPASSE
A definição das presidências das comissões permanentes da Câmara, que seria realizada ontem, entrou em compasso de espera por conta da renúncia dos vereadores Willians Bezerra (PT) e Toninho de Jesus (PMN).

No caso do petista, a saída do posto se deu após o parlamentar não aceitar o acordo firmado pela bancada do PT com o governo. Willians havia sido eleito para a comissão de Segurança Pública. “Foi uma decisão unilateral, sem conversa com os vereadores do partido. Devemos escolher o vereador Eduardo Leite para o posto”, informou o líder da bancada, Alemão Duarte (PT).

Conforme o regimento interno da Casa, em caso de renúncia ou vacância a escolha do integrante deve ser feita por outro integrante da bancada. Toninho de Jesus, por sua vez, é o único parlamentar do PMN. A decisão deve ser anunciada na próxima sessão da Câmara, amanhã. 




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