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Com dívidas, Corinthians atrasa pagamento pela contratação do meia Marlone
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23/11/2016 | 07:00
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Atraso de salários dos jogadores não é o único problema financeiro do Corinthians. O clube está há dois meses sem pagar as parcelas referentes à contratação do meia Marlone e isso pode acabar ajudando na saída do jogador, destaque da vitória sobre o Internacional, na última segunda-feira, e indicado ao Prêmio Puskas.

No total, o clube deve ao empresário do jogador, Fernando Garcia, cerca de R$ 300 mil em parcelas atrasadas. Até o momento, o Corinthians pagou pouco mais de R$ 1,5 milhão dos R$ 4 milhões totais pela transação - assim, restam cerca de R$ 2,5 milhões a pagar.

Garcia comprou Marlone e o colocou no Cruzeiro em 2013. Em seguida, o jogador passou por Fluminense e Sport. No final do ano passado, ele teve 50% dos seus direitos federativos comprados pelo Corinthians e estreou com a camisa do clube alvinegro nesta temporada.

Fernando Garcia confirma o atraso, mas afirma que isso não afetará o futuro do jogador no clube. "Existe um atraso, que não chega a dois meses. Deve dar um e meio, um pouco mais, não sei ao certo. Mas isso não deve ter nada a ver com uma possibilidade dele deixar o time", disse o dirigente, em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S.Paulo. A diretoria não tem previsão para acertar o débito com o agente.

Vivendo altos e baixos, ele voltou a ganhar destaque nos últimos jogos e na última segunda-feira foi indicado ao Prêmio Puskas da Fifa - ele é um dos 10 concorrentes ao gol mais bonito da temporada. No jogo contra o Cobresal, na Copa Libertadores, ele recebeu cruzamento, matou a bola no peito e acertou um voleio sem chances para o goleiro.

Embora viva um bom momento e seja um dos atletas mais pedidos pela torcida quando está no banco de reservas, o meia não tem presença certa no Corinthians em 2017. O Sport tentou seu empréstimo, mas as conversas não evoluíram por que o atleta desejava permanecer na equipe alvinegra. "Conversamos com o Sport faz um tempo. O próprio Marlone soltou nota e deu entrevistas falando que não queria ir embora", disse Garcia. No meio do ano, o Internacional também tentou levá-lo, só que as conversas travaram nos valores da transferência.

O futuro do jogador no Corinthians depende muito de Oswaldo de Oliveira. Embora o tenha deixado no banco de reservas em várias partidas, o treinador gosta de seu estilo e pretende contar com ele na próxima temporada. Resta saber se o técnico continuará no clube.

A dificuldade financeira não se resume apenas ao atraso no pagamento dos atletas, mas também de boa parte dos funcionários do clube. A diretoria prometeu quitar os salários referentes ao mês de outubro até o último dia 7, mas não tinha dinheiro em caixa. Adiou o pagamento para o dia 14 e depois 17.

Os dirigentes alegam que contavam com o dinheiro de algumas empresas, mas elas também atrasaram os valores, e como o clube não tem um fundo de reserva, atrasou os pagamentos. Para resolver logo o problema, o Corinthians deve pegar empréstimo bancário e promete quitar todas as pendências até o final da semana.




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