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Diniz elabora projeto ‘bomba’ de aumento dos servidores
Renan Cacioli
Do Diário do Grande ABC
04/04/2006 | 08:09
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O presidente da Câmara de Mauá, Diniz Lopes (PL), pretende entregar no colo do prefeito Leonel Damo (PV) uma bomba na sessão de terça-feira: um projeto autorizando o Poder Executivo a reajustar vencimentos, proventos e salários dos servidores públicos ativos, inativos e titulares, em até 20%, sendo, no mínimo, 10% retroativo a 1º de março. A proposta demonstra a nítida tentativa de Lopes em pôr fogo na Prefeitura. Ou seja, se Damo rejeitar o projeto – o que não é difícil, tendo em vista a dificuldade em reajustar o orçamento para custear tal aumento –, poderá ganhar de presente o protesto do funcionalismo público da cidade.

“O projeto pretende chamar a atenção do Executivo quanto à valorização do funcionalismo público”, disse, no melhor tom político, o presidente do Legislativo. “Não posso obrigar. O que estamos fazendo é autorizar o prefeito a fazer algo pelo funcionalismo”, emendou Lopes.

Quando questionado sobre o porquê de ele, enquanto prefeito interino do município durante quase o ano todo de 2005, não ter promovido o aumento, Diniz despistou. “Eu dei abono. Queríamos estudar a possibilidade de dar benefícios, como isentar o pagamento de convênio médico”, afirmou o Lopes. Ele garantiu que pensava em tratar do aumento nos salários dos servidores durante a discussão do dissídio.

A proposta a ser apresentada nesta terça-feira pretende também incorporar aos vencimentos, proventos e salários dos servidores 50% do valor do abono salarial – hoje no valor máximo de R$ 340 – a partir de 1º de janeiro de 2007. Também pede isenção de pagamento do convênio médico.

Estudos – Além de estar discutindo atualmente o dissídio salarial com o Sindicato dos Servidores Públicos de Mauá, a Prefeitura informou, por meio do secretário de Governo, André Avelino, que a administração está analisando a possibilidade de uma reforma administrativa. “Poderemos reformular os vencimentos, aumentando os salários de uns, e diminuindo os de outros.” Já o presidente do sindicato, Jesomar Alves Lobo, não foi encontrado pelo Diário até o fechamento desta edição para comentar o assunto.




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