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Justiça anula vitória de Chagas na eleição no Sindserv

TRT determina novo pleito em sindicato de S.Bernardo; processo é envolto de polêmica

Raphael Rocha
Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
23/01/2016 | 07:00
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O juiz Leopoldo Antunes de Oliveira Figueiredo, da 1ª Vara do Trabalho de São Bernardo, anulou a eleição para a presidência do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) da cidade, na qual Giovani Chagas (PT) obteve a reeleição. O magistrado aceitou recomendação do MPT (Ministério Público do Trabalho) e determinou que novo pleito seja realizado em até 90 dias.

A escolha do presidente do Sindserv, realizada no ano passado, foi envolta de polêmica. A primeira eleição foi organizada nos dias 24 e 25 de setembro, vencida pelo oposicionista Marcelo Gonçalves Siqueira, funcionário da Pasta de Educação. Entretanto, a chapa liderada por Chagas contestou o resultado, acusando fraude em contagem de votos. A comissão eleitoral, majoritariamente aliada de Chagas, cancelou o pleito e convocou outra disputa.

A segunda concorrência aconteceu nos dias 26 e 27 de novembro. Chagas venceu, mas o pleito registrou outra polêmica: uma das 25 urnas desapareceu. O oposicionista Siqueira acusou grupo ligado ao atual presidente de sumir com as cédulas em um dos setores que mais simpatizavam com os contrários a Chagas. Mesmo diante das acusações, a comissão eleitoral validou a decisão e deu posse a Chagas.

O juiz do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou que comissão seja formada com representantes de seis centrais sindicais – CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), NSCT (Nova Central Sindical de Trabalhadores) e Conlutas (Central Sindical e Popular). Esse bloco ficará responsável por organizar nova eleição em no máximo 90 dias – o MPT vai acompanhar o pleito. Enquanto isso, a atual diretoria do Sindserv fica destituída.

“Nesse momento só consigo pensar uma coisa: a Justiça está sendo feita e os servidores finalmente poderão ter sua vontade respeitada, reafirmando, pela terceira vez, a legitimidade da eleição da oposição unificada”, disse Marcelo Siqueira.

“A situação está sendo tocada pelo jurídico do sindicato para que tudo transcorra normalmente. Ainda não sabemos como serão os argumentos considerados. Vou me posicionar quando todas essas questões estiverem mais esclarecidas”, afirmou Chagas.  




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