A espécie de cachorro que costumamos ter em nossas casas é uma só: a Canis familiaris. O que muda entre os cães são as raças. Hoje, há aproximadamente 400 tipos, consequência dos cruzamentos (quando uma cadela e um cão de raças diferentes têm filhotes) ao longo dos últimos 300 anos. 

Uma vez respeitado o porte (pequeno, médio e grande) do animal, o cruzamento não planejado resulta no nascimento de um filhote mestiço, ou seja, sem raça definida. Não há como prever certas características desse novo ‘tipo’ de cão – popularmente conhecido como vira-lata –, entre elas seu tamanho ao crescer, comportamento típico e o estilo de seu pelo.

Normalmente, as raças mais dóceis são as de porte pequeno, que pesam até 10 quilos quando adultos, casos do dachshund, lhasa apso, pug e poodle. O bom comportamento também está ligado aos cachorros de porte médio (de 11 a 25 quilos), a exemplo do beagle, cocker spaniel e dálmata. 

Os chamados ‘cães de guarda’ costumam ser mais agressivos, como, por exemplo, o pastor alemão, dobermam e rottweiler. Há também outros conhecidos como ‘cães de briga’, casos do bull terrier e american pit bull terrier. Claro que essas características dependem de caso para caso.

Um tipo pouco comum são os cachorros que puxam cargas ou trenós, a exemplo do malamute do Alaska, que vive na neve. Eles costumam não gostar de manifestações de carinho e são grandes trabalhadores.

Murillo Carvalho, 10 anos, de Santo André, não sabe dizer sobre as espécies de cães que existem. Ele sempre pede à mãe um cachorro grande, do estilo da raça São Bernardo.

Consultoria de Tânia Parra Fernandes, professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Metodista de São Paulo, de São Bernardo.