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Dissidentes 'tiveram vergonha', afirma Dib
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
13/06/2010 | 07:00
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O ex-prefeito de São Bernardo William Dib (PSDB) afirmou que os vereadores Pastor Ivanildo de Santana e Vandir Mognon, ambos do PSB, "tiveram vergonha" de explicar para ele os motivos da saída da oposição para compor a base aliada do governo Luiz Marinho (PT).

O tucano falou pela primeira sobre o assunto com o Diário, durante visita à cidade, no início da semana, do pré-candidato ao Senado Aloysio Nunes(PSDB). Segundo Dib, um dos líderes do grupo contrário à gestão petista, os parlamentares não o procuraram para anunciar a decisão de pular o muro.

"Acho que a decisão pessoal, que não tem a ver com processo ideológico e com compromisso político-partidário. Mesmo porque o partido (PSB) teve o vice na chapa encabeçada pelo PSDB (o tucano Orlando Morando foi o candidato a prefeito, acompanhado pelo socialista Edinho Montemor). Mas acho que tiveram vergonha de explicar", discorreu o ex-chefe do Executivo.

Pastor Ivanildo aderiu ao governo Marinho no fim de março. Vandir no início de abril. Antes das mudanças, a Câmara vivia momentos tensos, com amplos debates, pois as bancadas de situação e oposição eram compostas por dez vereadores cada.

Nas últimas semanas, outro parlamentar do PSB tem sido assediado para compor a aliança petista: Antônio Cabrera é a bola da vez. Mas faz jogo duro e dificilmente terá o mesmo futuro dos ex-parceiros de bancada. Sem comentar nomes específicos, Dib é reticente sobre novos dissidentes. "Estamos no Brasil."

MARINHO - William Dib também comentou a atuação de um ano e meio de Luiz Marinho à frente da administração são-bernardense. Ele classificou o trabalho executado até agora como "tristeza absoluta, decepção".

Os principais fatores apontados pelo tucano para a avaliação negativa são a "piora da qualidade dos serviços prestados à comunidade na Educação e Saúde", além da "publicidade de coisas que não existem".

"Divulgou que entregou uniformes escolares mas não entregou (as roupas chegaram aos alunos com atraso). Isso é aspecto demagógico e publicitário", analisou Dib, ao citar ainda a Cidade das Crianças, em que a maioria dos brinquedos estão desativados. "Não há nada para elogiar", finalizou.




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