Nacional Titulo
Ministros realizam coletiva sobre incidente com MST
Por Do Diário OnLine
24/03/2002 | 14:10
Compartilhar notícia


Os ministros do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, do Gabinete de Segurança Institucional, general Alberto Cardoso, e da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, deram uma entrevista coletiva neste domingo para explicar a posição do governo quanto à ocupação dos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) na fazenda da família do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Os sem-terra ocuparam a fazenda Córrego da Ponte, em Buritis (MG), no sábado. Na manhã deste domingo, eles tiveram que deixar o local e 16 integrantes, considerados os líderes da ação, foram presos pela Polícia Federal. A prisão causou os pedidos de exoneração de seus cargos do ouvidor agrário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Gercino José Alvez Filho, e a responsável no órgão pelos conflitos rurais, Maria de Oliveira.

Aloysio Nunes afirmou que a PF se dirigiu à fazenda a pedido do general Cardoso, para cumprir ordem judicial de manutenção de posse, e que os invasores se recusaram a receber e cumprir o mandato. Segundo ele, a PF se preparou para executar a ordem judicial com o uso autorizado de força, mas preferiu negociar com os sem-terra.

Já Raul Jungmann disse que a desocupação da fazenda foi “coroada com êxito” e que acredita que houve falha no entendimento na negociação com os funcionários exonerados, que tinham prometido aos sem-terra que ninguém seria preso. Jungmann também afirmou que Buritis vive em clima de terror por causa do MST e a ausência de segurança na cidade.

O general Alberto Cardoso disse que a PF apenas “cumpriu seu dever” ao prender os líderes da ocupação na fazenda. Ele ainda contou que objetos pessoais do presidente estavam espalhados, facas foram enterradas pelo terreno e houve consumo de bebidas e alimentos na casa, que foi isolada para perícia policial.

Com informações da Agência Brasil




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;