Memória Titulo
O fotógrafo e repórter Fausto Polesi

Conheci Fausto Polesi por volta de 1959, numa das reuniões da Câmara de São Caetano que, na época, ficava no último andar do Edifício Vitória

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
07/09/2011 | 00:00
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Texto: Hermano Pini Filho, de Campinas

Conheci Fausto Polesi por volta de 1959, numa das reuniões habituais da Câmara de São Caetano que, na época, ficava no último andar do Edifício Vitória, esquina da Rua Baraldi com a Rua Santo Antônio. Ele estava lá em busca DE notícias para o semanário News Seller, lançado em maio de 1958. Com igual propósito eu me encontrava na Câmara, embora a serviço de outro jornal. Pouco tempo depois, no dia 19 de março de 1961 inaugurou-se oficialmente o Paço Municipal, na Avenida Goiás, para onde foram Prefeitura e Câmara. Também no novo endereço às vezes eu via o Fausto entrevistando vereadores, ou com eles apenas conversando informalmente.

Numa dessas ocasiões chamou-me a atenção a maneira como Fausto trabalhava. Máquina fotográfica, uma Rolleiflex, pendente do pescoço, com flash numa das mãos, enquanto a outra, na câmera, acertava o foco. Assim ele andava pelo plenário e falava com vereadores. Fazia anotações e fotografava.

Era interessante vê-lo, encorpado que era, com a câmera no alto do peito (a máquina era reflex, visor na parte de cima) para obter correto enquadramento do que ia ser fotografado. Então erguia a mão que segurava o flash, para dar correta direção à luz, e registrava a imagem. Ainda hoje, 50 anos depois, lembro-me do Fausto, como repórter e fotógrafo, exibindo a expressão compenetrada, quando em serviço, que todos que trabalharam com ele certamente não esquecem. Na época não imaginava que tempos depois eu haveria de conviver com ele, durante anos, no Diário do Grande ABC.

Em 1968, quando logo o News Seller passaria a ter circulação diária, com outro nome, eu já fazia parte de pequeno grupo que, sob orientação do Fausto, preparava com invulgar entusiasmo o lançamento daquele que seria o Diário do Grande ABC. Reuniões inesquecíveis, nas então simples dependências, se comparadas com as atuais, da Rua Catequese.

Conheci bem o Fausto que agora nos deixa. Durante anos trabalhei ao lado dele, sei com que dedicação acompanhava seus comandados. Estava sempre disposto a aconselhar e orientar companheiros de Redação, principalmente quando principiantes - não foram poucos - quando necessário. Grande amigo, grande jornalista. 

AMANHÃ, NA PAUTA DO HERMANO
"Os senhores não são do Diário?" 

Legenda da foto: Inauguração do novo parque gráfico do Diário em 27-3-1995: Fausto Polesi e Maury de Campos Dotto descerram a placa da gráfica em Vila Príncipe de Gales

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 6 de setembro de 1981 

Especial - Os problemas de quem vive junto aos córregos. São citados quatro casos de Santo André: Córrego Guarará, Jardim do Estádio e Vila Linda, Córrego Jundiaí e Bom Pastor. As várzeas percorridas pela reportagem estavam abandonadas. Seus córregos careciam de obras mínimas de saneamento.

Crônica 1 (Roterdan Cravo, pseudônimo do jornalista Fausto Polesi, editor-chefe e diretor de Redação do Diário) - Cenas do cotidiano divertem, irritam e obrigam a pensar.

Crônica 2 (Guido Fidelis) - Venâncio Neto, o que foi, o que não foi e o que será.

EM 7 DE SETEMBRO DE... 

1956 - No Estádio Américo Guazzelli, em Santo André, Corinthians 1, Santos FC 7. Um jovem apelidado Pelé entra no segundo tempo e marca o seu primeiro gol como jogador profissional. O gol foi marcado em Zaluar, que também entrou no segundo tempo. Esta história completa hoje 55 anos. 

1961 - Fundada a Sociedade Esportiva Cruzeiro do Sul, na Vila Sá, em Santo André.

- João Goulart assume a Presidência da República. Substitui a Jânio Quadros, que renunciou em agosto.

Trabalhadores

Nascem em 7 de setembro: 

1925 - José Antonio dos Santos, de Pernambuco. Operário da Quimbrasil. Residia à Rua Flórida, 334, em São Caetano.

1930 - Alexandre Pereira dos Santos, de Sergipe. Operário da Eletrocloro. Residia na Vila Elclor.

Fonte: 1º livro de associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

HOJE 

Dia da Pátria e Independência do Brasil (ano 189) e Dia do Grito dos Excluídos.

SANTOS DO DIA 

Clodoaldo, João de Nicomédia e Regina.

Regina ou Reine, seu nome no idioma natal, viveu no século 3, em Alise, antiga Gália, França. Perdeu a mãe no parto. Foi criado por uma babá, que lhe transmitiu os ensinamentos cristãos. E por ser cristã, foi sacrificada.

FALECIMENTOS 

SÃO BERNARDO

Francina Dantas Pires, 95. Natural de Mundo Novo (BA). Dia 2. Cemitério de Vila Euclides.

Emilia Rosa, 85. Natural de Portugal. Dia 2. Cemitério Jardim da Colina.

Alzira Barbosa da Silva, 80. Natural de Arceburgo (MG). Dia 1º. Cemitério de Guarulhos.

Possidonio Joaquim Rocha, 78. Natural de Tanhaçu (BA). Dia 4. Cemitério Piratininga (SP).

Maria Emilia Grandim, 64. Natural de Sapucarana (PE). Dia 4. Cemitério da Paulicéia.

Jadir Rodrigues Lima, 50. Natural de Pereira Barreto (SP). Dia 4. Cemitério da Paulicéia.

Jorge Peres, 48. Natural de São Paulo (SP). Dia 3. Cemitério Jardim da Colina.

Linderval Lopes Ferreira, 40. Natural de Itabuna (BA). Dia 1º. Cemitério dos Casa. 

DIADEMA

Jorge de Paula Lisboa, 48. Natural de São Paulo (SP). Dia 2, em São Bernardo. Cemitério Municipal.

Marcia de Araujo Gonçalves Lima, 34. Natural de Diadema. Dia 4, em São Bernardo. Cemitério Vale da Paz.  

MAUÁ

Maria Quiteria da Silva, 42. Natural de Flexeiras (AL). Dia 4, em São Bernardo. Cemitério Vale dos Pinheirais.

LUIZ GAVA
(São Bernardo 14-12-1930 - 3-9-2011) 

Luiz Gava foi folheador e pescador. Trabalhou até o fim, no seu paraíso: o Distrito de Riacho Grande. Folheador é uma profissão da indústria moveleira que já teve o seu auge. Compete a esse profissional recortar folhas de pinho e cola-las, artisticamente, nos moveis produzidos. E isso Luiz Gava fez durante vários anos na indústria de móveis de São Bernardo.

Num segundo momento, passou a viver junto à natureza. Gostava de pescar na Represa Billings. Com seu barco para 20 pessoas, transportava passageiros às ilhas da represa para grandes pescarias. Em casa, chegou a construir duas caravelas: vendeu a primeira, falta terminar a segunda, já pronta, na fase de colocação de velas.

Os Gava descendem de imigrantes italianos estabelecidos no bairro dos Meninos, hoje Rudge Ramos, no início do século passado. Sr. Luiz era filho de Feo Gava e dona Maria Gava. Partiu aos 80 anos e está sepultado no Cemitério de Vila Euclides. Deixa a mulher Ilda de Carvalho Gava, os filhos Roberto e Sérgio, os netos William, Luiz Neto, Vinicius, Camila, Roger e Roberto, e os bisnetos Giovani, Bárbara, Fernanda e Bruno.




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