Política Titulo Rio Grande da Serra
Maranhão nomeia ex-petista para comandar Saúde

Suzenete Regina de Carlis substitui Carlos Duarte, em meio a crise no setor do município

Por Felipe Siqueira
Especial para o Diário
04/10/2017 | 07:00
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Prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB) contratou a ex-petista Suzenete Regina de Carlis, conhecida como Suze, para ser titular da Secretaria de Saúde. Ela vem para substituir Carlos Duarte, que pediu demissão no começo da semana passada, alegando que não havia recursos ou investimentos para a Pasta.

Segundo a nova secretária de Rio Grande, ela se filiou ao PT de Santo André “há muito tempo” – em 1999 – e garantiu que nunca foi muito presente e ativa nas reuniões em diretório do partido, além de não se considerar militante da legenda. Ela se desfiliou oficialmente do petismo no começo deste ano.

Para Maranhão, Suze, como é conhecida, terá como principal desafio a descentralização dos atendimentos médicos da cidade. O tucano argumentou que a maior demanda da Saúde é conscientizar a população para recorrer a unidades de Saúde em casos menos graves e evitar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em situações menos delicadas.

Suze afirmou que melhorias na Saúde básica são a principal forma de fazer a descentralização. “Precisamos mudar esse fluxo (de rotina de atendimentos na UPA), desafogar a UPA”, falou. Segundo ela, é necessário que se faça um diagnóstico de costumes da cidade.

De acordo com Maranhão, a secretária já foi apresentada às equipes da Saúde e vai conhecer o Legislativo. “Vou às unidades de Saúde, conhecer, vou montar diagnóstico. Vamos trazer programas novos, próximos do Ministério da Saúde, mas, para isso, preciso do diagnóstico, vamos para a comunidade. Saí da UPA e vi que está bom de medicamento”, observou a secretária de Saúde, que teve ontem seu primeiro dia de trabalho.

A chefe da Pasta já atuou nas cidades de Santo André e São Bernardo, tem formação em administração de empresas e especialização em gestão de serviços públicos pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

A secretária de Saúde chega em Rio Grande em um ambiente conturbado. Por três vezes no segundo semestre deste ano a UPA não atendeu casos que não fossem de urgência ou emergência, por conta de falta de pagamentos da Prefeitura à empresa que administra o equipamento. A dívida gira em torno de R$ 2 milhões. 




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