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Desconfiados, vereadores de Suzano querem investigar Valdirene
Fabrício Calado Moreira
Do Diário do Grande ABC
23/09/2005 | 08:19
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Depois de ter prisão preventiva decretada esta semana por, supostamente, ter sacado R$ 230 mil de conta da Prefeitura de Mauá e ser considerada foragida da Justiça, a ex-secretária municipal de Finanças Valdirene Dardin tem mais um problema pela frente. Vereadores de Suzano querem investigar as movimentações financeiras da gestão dela como titular de Planejamento e Gestão Orçamentária daquele município.

O presidente da Câmara de Suzano, Rosvaldo Cid Cury (PFL), da oposição, pediu à prefeitura extratos bancários e microfilmes de cheques lançados no primeiro semestre deste ano, durante a gestão da ex-secretária. Antes, ele já tentara emplacar requerimentos de informação ao Executivo e também enviou ofício como presidente do Legislativo, sem sucesso. Na última quarta-feira, ele diz ter recebido do secretário de governo, Rosenil Órfão, cópias de dois cheques.

"Não foi isso que eu pedi", reclamou o pefelista, que continua atrás das cópias dos microfilmes dos cheques. "Não dá para ter a mesma confiança em alguém que ocupou o mesmo cargo em outro município e é investigado", avalia o vereador Jefferson Ferreira dos Santos, o Prefeito da Academia (PRTB).

Na última sessão da Câmara de Suzano, na quarta-feira à noite, Santos usou a tribuna para comentar o decreto de prisão preventiva de Valdirene. "Será por isso que foram rejeitados nossos requerimentos de informação?", questionou. Por enquanto, a possibilidade de instauração de comissão para investigar a atuação de Valdirene em Suzano é remota; dos 14 vereadores da cidade, três são do PT. O prefeito Marcelo Candido (PT) tem maioria na Casa.

Defesa – O atual secretário de Planejamento de Suzano, Sérgio Trani, saiu em defesa da atuação de Valdirene na Pasta. "O problema que ocorre em Mauá não passa por Suzano. Se eu tivesse encontrado algum problema até agora, seria o primeiro a levar isso adiante", garante. Para ele, não se pode trabalhar com a presunção de culpa. "Hoje, alguém fala qualquer coisa e você tem de provar que é inocente. O ônus da prova cabe a quem acusa", ressalta.

Valdirene ocupou a pasta de janeiro a junho deste ano. Deixou o cargo pouco antes dos promotores do Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão do Crime Organizado) divulgarem que investigavam os saques de R$ 230 mil. Trani, que substitui Valdirene, já foi secretário de Finanças de Diadema e ocupou o mesmo cargo em Mauá quando Valdirene era a diretora do Tesouro do município, na primeira gestão de Oswaldo Dias (PT).




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