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Repsol assegura 98,2% do controle da argentina YPF
Por Do Diário do Grande ABC
24/06/1999 | 10:17
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A espanhola Repsol assegurou quarta-feira à noite o controle acionário da argentina YPF, depois de ter adquirido 83,24% das açoes da companhia argentina. Com os 14,9% adquiridos no início deste ano, por US$ 2,01 bilhoes, a Repsol passa a deter agora 98,2% da YPF. Em comunicado distribuído à imprensa veiculado nesta quinta-feira pela Internet, a Repsol informa que os dados da oferta pública de aquisiçao de açoes (OPA), concluída quarta-feira "com sucesso", ainda sao provisórios.

A OPA, lançada há menos de dois meses, previa a aquisiçao de 85,01% das açoes. O montante da operaçao foi de US$ 13,158 bilhoes, o que equivale a US$ 44,78 por açao pagos pela companhia espanhola aos acionistas da YPF. "A Repsol se encontra em um momento histórico, já que deu um grande salto para transformar-se em uma das maiores companhias do mundo", disse o presidente executivo, Alfonso Cortina. Com a operaçao encerrada ontem, a Repsol fica entre as 10 maiores companhias de petróleo do planeta em termos de tamanho. Passa a ser a 9ª em produçao de gás e a 5ª em termos de resultado operacional.

Desde que a Repsol lançou a OPA, no dia 30 de abril, até quarta-feira, as açoes da YPF valorizaram 22,6%. As açoes da Repsol na Bolsa de Madri subiram 3,85% quarta-feira. Entre outras empresas na Argentina, a Repsol controla a petroleira Astra, a Eg3, a Pluspetrol e uma dezena de companhias energéticas. Para evitar conflitos no país, onde já começou a ser acusada de monopolizar o setor, a Repsol decidiu vender parte de sua rede de distribuiçao de combustíveis e parte de suas reservas de gás.

A expectativa de lucro líquido para o próximo ano, agora é de cerca de US$ 2 bilhoes, duplicando o resultado de 1998. Entre 1999 e o ano 2002, a previsao de investimentos da Repsol aumento para US$ 13 bilhoes.

Do pacote de açoes vendidos ontem, 5,4% estavam em maos do Estado argentino, qua acabou recebendo US$ 853 mi. Outras 6,4% das açoes eram controladas pelas províncias de Mendoza, Chubut e Santa Cruz. Para bancar o custo da operaçao, a Repsol fez a maior oferta pública de açoes e de títulos conversíveis da história da Espanha pelo valor de US$ 6 bilhoes. Os recursos necessários restantes para fazer frente à aquisiçao da YPF virao de um consórcio de bancos liderados pelo Banco Bilbao Vizcaya (BBV), Goldman Sachs, La Caixa, Merrill Lynch, CitiGroup e UBS.




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