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Anfavea: modernidade garante preço do arro baixo
Do Diário do Grande ABC
17/06/2000 | 14:42
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O presidente da Associaçao Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), José Carlos Pinheiro Neto, sustenta que nenhuma empresa consegue produzir hoje um carro que custe menos de R$ 12 mil.

Para colocar no mercado um carro moderno e com preço mais acessível (cerca de R$ 13 mil), a General Motors adotou em sua nova fábrica de Gravataí o sistema modular, em que os principais fornecedores de peças estao instalados ao lado da linha de montagem, o que reduz custos de transporte e logística. "As empresas estao perseguindo novos modelos de produçao em parceria com fornecedores, projetos mais racionais e diferentes métodos de distribuiçao", afirma Rogério Aun, da Arthur Andersen.

Quando foi criado o conceito de carro popular, há sete anos, a idéia era oferecer um produto básico para atrair o consumidores de menor renda. O projeto teve incentivo do governo, que fixou a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 0,1%. Nessa época, os modelos mais baratos, Uno e Fusca, custavam R$ 7.200,00. Hoje o IPI do popular é de 10%, ainda inferior ao dos demais modelos, que começa em 20%.

Turbinado - Atualmente, a terminologia de popular é usada para todos os veículos com motor 1.0. Mas alguns modelos da categoria chegam a custar R$ 23 mil, caso do Gol Turbo, que começa a ser vendido esta semana.

O gerente da Ernst & Young, Emilio Egri, diz que essa variaçao do carro popular é exclusivo do Brasil. Segundo ele, além de atender um público de renda menor, o segmento acabou atraindo uma parcela da classe média que pode pagar mais por um carro, mas viu o modelo de mil cilindradas como ideal para o trânsito urbano, que nao permite abusar do motor.

As montadoras passaram entao a incrementar os modelos básicos com vários opcionais, aumento da potência e itens de conforto. "Com isso, criaram os populares de luxo, que custam igual ou mais do que um carro de médio porte", afirma Egri.

Por conta desse enfoque, Egri acredita que o segmento de populares deve crescer 10% em no máximo dois anos e competir diretamente com versoes mais sofitiscadas. A estratégia de "turbinar" os populares também foi uma saída para as montadoras aumentarem a margem de lucro na venda.




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