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Meta de inflação a 3,5% em 2020?
Por Do Diário do Grande ABC
30/06/2019 | 12:17
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A meta da inflação para os próximos anos está em vias de ser definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), devendo ficar em 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,5% em 2020. Essas taxas, ineditamente baixas para País com tradição inflacionária como o Brasil, podem abrir caminho para queda acentuada dos juros de longo prazo. 

Metas inflacionárias nestes níveis colocarão o Brasil no patamar de alguns países emergentes – oito, para ser mais preciso –, com condições econômicas similares às nossas, mas cujas metas de inflação são mais ‘civilizadas’ que as daqui, girando entre 2% e 3%. Colômbia, Chile, México estão na faixa dos 3%. O Peru fixou-a em 2%, enquanto que a Polônia e a Tailândia, em 2,5%. 

É preciso lembrar que não há meta de inflação ideal para todos os países. Isso porque inúmeras variáveis interferem no processo inflacionário: a produtividade, a taxa de câmbio, os juros, a dívida pública e a balança comercial de cada país. 

Além disso, é necessário levar em conta fatores conjunturais, que incidem na oscilação dos preços. Globalização não quer dizer nivelamento. 

Sabe-se também que nível mínimo de inflação é necessário para que a economia de um país possa crescer de maneira sustentável. Muitas vezes se esquece dessa verdade trivial.

Baixar as taxas de inflação sem provocar deflação é fundamental. Vale lembrar que deflação não é o mesmo que inflação baixa; esta indica que os preços continuam subindo, mas de maneira mais ‘comportada’, ou seja, com velocidade menor. 

Somente quando a média dos preços começa a cair é que podemos falar de deflação, fenômeno tão tóxico para a economia como a hiperinflação. A deflação é o aumento do valor do dinheiro em razão da demanda agregada menor que a oferta. Um processo desses por período prolongado pode levar o país à depressão econômica.

Mas tal fenômeno tem sido mais observado nas economias maduras, como a dos países da UE (União Europeia) e do Japão. Não é o caso do Brasil. Aqui, inflação baixa ajuda a combater o processo inflacionário, como afirmou o ex-presidente do BC (Banco Central) Ilan Goldfajn. 

Em cenário de metas em torno de 3% ou 3,5%, com economia ainda fortemente indexada como a nossa, é provável que essa redução abra espaço para que as taxas de juros de longo prazo caminhem para níveis mais sustentáveis, confirmando a trajetória das últimas semanas. E esse alinhamento das taxas de juros de longo prazo aos padrões internacionais seria extremamente benéfico para os investimentos no País.

Mauro Morelli é sócio da empresa da Davos Wealth Management.

Futilidades – 1

O presidente Jair Bolsonaro está se esforçando para levar ao Rio de Janeiro o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. Tenta dividir o País, no melhor estilo ‘nós contra eles’, e até mente, quando afirma que se não levar ao Rio o Brasil ficaria sem essa etapa (Esportes, dia 25). Só falta a ele perceber que está agradando ao povo daquele Estado, mas, ao contrário, causa descontentamento à população de São Paulo com essa insistência. Mais uma vez ele faz suas escolhas, e, para variar, desagrada meio mundo.

João Arcanjo de Lima

São Caetano

Futilidades – 2

Acho louvável a maneira como o presidente Bozonaro tem se empenhado em agradar aos cariocas e querer levar a Fórmula 1 para o Rio de Janeiro, inclusive com a construção de autódromo. Pena que a gente não vê o mesmo empenho dele em ao menos tentar acabar com o desemprego no País. E que não venham os fanáticos ‘bolsominions’ dizerem que a culpa é de Lula, porque esse cenário vem desde Fernando Henrique Cardoso. O que se discute é a inércia deste presidente, que só se preocupa com futilidades. 

Thaís Tamara Teles

São Bernardo

Puna-se!

É de assustar a disposição que alguns leitores têm de defender Bolsonaro e sua equipe. Se fosse em País sério, os acontecimentos entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol já teriam sido investigados, porque são muitas evidências e quase nada de explicações convincentes. Se a Justiça fosse de verdade, Moro já teria sido afastado e, comprovadas as acusações, não pode nem mesmo advogar. É cada vez mais evidente que tramaram contra Lula. Ninguém quer Lula livre das responsabilidades. Se errou, tem de pagar pelos crimes. O que se contesta é a forma fraudulenta e parcial com que se deu seu julgamento. Ele tem direito de julgamento justo e não foi o que ocorreu. Que se anule o primeiro e julguem-no novamente, só que desta vez com honestidade. Neste momento, quem precisa ser punido são Moro e Deltan. Para o bem e a moralidade do Brasil. 

Juvenal Avelino Suzélido

Jundiaí (SP)

Líder do ranking

Quando tenho de criticar alguma coisa em São Caetano, critico! Mas quando é preciso falar bem eu também falo. E mais uma grande notícia ao município, que ganhou prêmio de melhor cidade em saneamento básico do Brasil (Setecidades, dia 26). Parabéns a São Caetano por mais esta premiação! 

Fernando Zucatelli

São Caetano

Faça-se faxina!

Louvável a iniciativa da Câmara de São Bernardo em propor cortar sete vereadores na cidade (Política, dia 27). Nós, moradores do município, esperamos que não fique só na proposta e seja, sim, levada adiante essa redução. A verdade é que vereador há muito tempo deixou de representar a população. Já foi o tempo em que podia-se recorrer a um parlamentar para resolver problemas relacionados aos bairros. Hoje eles só aparecem em períodos próximos a eleições e suas prioridades estão sempre acima de qualquer necessidade de quem os elege. É necessário que se faça faxina geral em todas as câmaras do Grande ABC, que se elimine todos que aí estão e se promova eleição com novos nomes, porque os que estão aí – já de muito tempo – não nos representam. 

Vânia Togato Viegas

São Bernardo

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