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Terça-Feira, 23 de Abril de 2024

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Carreira
Falta de mão de obra e avanços tecnológicos
Cíntia Bortotto
17/12/2018 | 07:27
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Muita gente me pergunta sobre a falta de mão de obra qualificada para as transformações tecnológicas em vigor. De um lado temos as empresas procurando por profissionais capazes de dar conta das novas demandas. De outra, uma massa de desempregados.

As empresas têm procurado diversos caminhos para conseguir encontrar as pessoas de que necessitam. Algumas têm buscado parcerias com universidades e escolas especializadas em desenvolvimento de tecnologia.

Outras preferem a contratação de mão de obra pronta, o que é sempre mais caro, mas às vezes necessária quando a empresa precisa entregar solução vinculada à tecnologia.

Muitas têm também buscado desenvolver pessoas dentro de casa usando conhecimentos descentralizados.

Elas têm procurado vínculo com universidades e instituições de ensino que ensinam tecnologia desde desenvolvimento até novas e metodologias, o que envolve todo o processo de conceitos de lean, metodologias ágeis, sabendo que isso não é só para área de tecnologia, mas para todas as áreas da empresa.
O desenvolvimento passa tanto pela formação em instituições e academias quanto dentro da própria empresa, com projetos com tutor e mentor, e aceleração. Por exemplo, pegamos um profissional pleno e aceleramos para que ele se torne rapidamente um sênior, em vez de contratar um de mercado.

As incubadoras e aceleradoras internas têm feito com que muitas pessoas deem um salto em suas carreiras por conta de estarem engajadas ou conhecerem tecnologias diferenciadas.

Quem está na ponta do desemprego tem de ler muito para pular para a ponta de onde está faltando mão de obra. Quais são as profissões que hoje têm mais demanda que oferta? Certamente tecnologia. Logística, por sua vez, demitiu muito.

Talvez quem está numa área com índice de desemprego maior aprenda uma nova profissão. É preciso ter humildade, começar do início, às vezes numa função mais baixa, dar um passo para trás para dar dois ou três para frente, em vez de investir em algo que tem demitido muito e que está fadado a desaparecer.

Para quem quer dar este salto, sugiro que comece procurando uma instituição como Senai, FGV (Fundação Getulio Vargas), ou outras. Aqui no Grande ABC, há grandes instituições que podem auxiliar nesta formação. Comece a contar para as pessoas que você quer mudar de carreira.

Há opções gratuitas - Se você não tem condições financeiras, mesmo assim, há muito curso disponível. Entre na internet, pesquise em Harvard, MIT (Massachusetts Institute of Technology) e até universidades brasileiras, como a USP (Universidade de São Paulo), que fornece muitos cursos gratuitos.

O YouTube também oferece muita coisa que ensina programação. Dá para aprender em um processo autodidata.

Outro caminho é juntar grupo de pessoas e contratar um professor. Coachs podem ajudar.

Acredito muito que teremos muitas mudanças no mercado de trabalho nos próximos cinco anos. Esse movimento de desaprender e reaprender é muito importante para quem quer continuar empregado ou tendo trabalho.

Siga confiante e boa sorte! 




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