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Futuro mais limpo

Veículos elétricos e híbridos representam redução no nível de poluentes lançados diariamente no ar

Nilton Valentim
do Diário do Grande ABC
21/09/2018 | 07:06
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Divulgação


A Semana Nacional do Trânsito, aberta oficialmente no dia 18 e que se encerra na terça-feira, traz à tona série de problemas causados pelo excesso de veículos. Entretanto, também torna-se bom momento para projetar o futuro e minimizar um dos principais transtornos, que é a quantidade de poluentes lançados no meio ambiente pelos veículos. E a solução mais eficaz é a adoção cada vez maior de veículos movidos a energia limpa, como elétricos ou híbridos, que hoje ainda são oferecidos a preço elevado, mas que tende a baratear com o tempo.

Nesta semana, São Paulo recebeu a Feira Veículo Elétrico Latino-Americano, na qual foram debatidos caminhos para este segmento, apresentação de carros e equipamentos.

Durante o evento ocorreu o C-Move (Congresso da Mobilidade e Veículos Elétricos), que apresentou estudo inédito sobre as perspectivas o no Brasil e outros avanços no mundo, que foi elaborado pelo centro de mobilidade da consultoria Mckinsey, que se baseia em quatro conceitos: carro autônomo, conectividade, eletrificação e compartilhamento.

Sócio do escritório de Detroit da Mckinsey, Patrick Hertzke projetou que em 12 anos (2030), 30% da frota brasileira vendida irá conter algum tipo de eletrificação. Ele também destacou que existem estudos em andamento para baratear o custo de etanol em veículos híbridos e também salientou que, por conta do combustível característico do Brasil, o País se encontra em uma boa posição no ranking dos que menos poluem a atmosfera. “O Brasil possui ferramentas para chegar às frotas mais limpas do mundo, bastam os incentivos corretos para isso”, completou.

O especialista estima ainda que no mesmo período vão surgir 300 novos modelos de veículos eletrificados no mundo, e que serão necessários 55 bilhões de carregadores para atendê-los.

Bernardo Ferreira, associado da empresa no Brasil, destacou que o Brasil vende por ano 2 milhões de veículos, sendo apenas 3.000 elétricos. Mas que a tendência é que isso cresça.

Antes da abertura da feira foi realizada carreata com veículos elétricos, que partiram da Avenida Paulista em direção ao Pacaembu. Além de carros de passeio, participaram do comboio ônibus, caminhões e motos, todos movidos a eletricidade.

Luxo é ajudar o planeta

Marcas premium apresentam carros durante feira voltada ao setor de veículos elétricos em São Paulo

Duas marcas de carros de luxo marcaram presença na Feira Veículo Elétrico Latino-Americano. A sueca Volvo, que, inclusive, apresentou o híbrido XC60 T8, e a Lexus, que levou os modelos T 200h e NX 300h. Kart elétrico, bicicletas, minimotos e até um carro construído por alunos do Centro Universitário FEI, de São Bernardo, marcaram presença.

O XC60, da Volvo, é um SUV premium que alia o motor Drive-E Turbo Supercharger de dois litros e quatro cilindros, com um motor elétrico de 87 hp, alimentado por uma bateria de íons de lítio de alta capacidade (400 V – 9,2 Kwh). Juntos, geram 407 hp de potência máxima, transformando-o no utilitário esportivo mais potente e rápido de sua categoria (0 a 100 km/h em 5,3 segundos).

O carro está em pré-venda desde o início do mês, por R$ 299.950, o modelo se junta ao XC90 T8, também híbrido e que foi lançado no Brasil em 2017.

A Toyota apresentou o primeiro híbrido flex do mundo, um Prius com motor elétrico e outro movido a gasolina e etanol.

A empresa nipônica, por meio de sua divisão de luxo Lexus, que disponibiliza dez modelos, híbridos e já vendeu 1 milhão de carros com essa tecnologia.

A feira também abriu espaço para outras empresas ligadas ao setor de elétricos, como a Fronius, de São Bernardo, que atua na área de energia solar e carregadores de baterias.

Segundo a empresa, torna-se mais vantajoso ao proprietário de um carro elétrico se ele produzir a sua própria energia por meio de sistema fotovoltático (por energia solar), além de que, dessa forma, ele estará contribuindo ainda mais para a preservação do meio ambiente.

Até a Ipiranga, voltada à área de petróleo, deu as caras. Em julho, a empresa firmou parceria com a BMW e inaugurou um corredor com estações de recarga elétrica instaladas em seis postos entre São Paulo e Rio de Janeiro. A marca possui outros 30 no País e pretende fechar o ano com 50.

Quem sonha com um híbrido, tem a chance de adquirir um BMW 750iLA. O modelo será leiloado na segunda-feira (dia 24) pela VIP Direto, site especializado em leilões de automóveis. O lance inicial é de R$ 102 mil. A expectativa é que o modelo seja arrematado com valor 30% menor que o preço de mercado. 

S.Paulo tem serviço de scooter compartilhada

Na Capital paulista já é possível se deslocar de scooter elétrica ao custo de R$ 0,59 por minuto. As motos de uso compartilhado são da Ribashare, empresa que começou a funcionar na cidade, inicialmente nas regiões da Vila Olímpia, Itaim Bibi e Berrini.

Para ter acesso ao sistema é necessário possuir carteira de habilitação e baixar o aplicativo. O pagamento pode ser feito por cartão de crédito. Inicialmente, são 50 veículos, mas a empresa pretende virar o ano com 250 unidades. Até o fim de 2019, serão 1.250. As motos podem ser deixadas na rua, em local que não atrapalhe o trânsito. 




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