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Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

O que esperar de investimentos em 2018?
Do Diário do Grande ABC
18/08/2018 | 11:42
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Nos últimos meses, assistimos à deterioração das expectativas do mercado financeiro, tanto no campo externo quanto no doméstico. Esse cenário culminou em queda de -4,76% no Ibovespa até o último pregão de junho, eliminando o crescimento dos primeiros meses do ano. No Exterior, três grandes fatores foram os responsáveis por esse declínio: o aumento da taxa de juros norte-americana; a tensão comercial entre Estados Unidos e China; e o enfraquecimento da economia chinesa. Isso trouxe percepção de maior risco para os mercados emergentes e impactou negativamente o mercado brasileiro.

Já no campo doméstico, dados de atividade econômica mais fracos, que desapontaram os investidores, e a recente greve dos caminhoneiros trouxeram incerteza ainda maior. Assim, a expectativa de um PIB (Produto Interno Bruto) de 3% de alta neste ano, caiu para 1,5%. No cenário político, a incerteza é ainda maior, visto que as candidaturas que estão à frente das pesquisas se mostram menos comprometidas com as reformas necessárias ao Brasil. Esses fatores ocasionaram queda de 20% na Bolsa de Valores desde meados de maio até o fim de junho. A incerteza também afetou os fundos multimercados, os fundos imobiliários e até mesmo títulos de renda fixa de maior prazo, pois vimos as taxas de juros longas, com vencimentos em 2023 e 2025, subirem forte no momento de estresse, assim como o dólar, que chegou a atingir patamares próximos a R$ 4.

Para o próximo semestre, a percepção de risco não deve diminuir. Por outro lado, também vemos que os preços das ações de algumas empresas ficaram muito atrativos após a forte queda, o que pode trazer o capital estrangeiro novamente e apoiar eventual retomada do mercado acionário e das expectativas positivas da economia. Desta forma, o mercado deve continuar volátil e desafiador neste semestre. Trabalhamos com a taxa Selic em 6,5% ao ano até o fim de 2018, e cenário do Ibovespa na casa de 90 mil pontos, pressupondo a eleição de governo comprometido com as reformas que o País precisa. Caso isso se confirme, a expectativa de crescimento do Brasil deve aumentar, beneficiando empresas locais. 

Para os investidores, ações do setor financeiro, como os bancos, ficarão mais atrativas para aquisição. Os fundos imobiliários também merecem atenção, pois a queda das cotas deixou o dividendo (distribuição de lucro) mais atrativo, assim como os fundos multimercado, que também caíram, e agora podem retomar pela possibilidade de trabalharem ativos mais elaborados (juros, moedas etc). Portanto, o cenário atual pede cautela e bastante paciência dos investidores financeiros, mas as crises também abrem excelentes oportunidades!

Bruno Madruga é sócio e head de renda variável e derivativos da empresa de assessoria Monte Bravo.


Palavra do Leitor

Metrô
Gostaria de perguntar para os candidatos a governador de São Paulo qual seria um plano de mobilidade real para o Grande ABC, cujas sete cidades juntas possuem uma extensão de 825 km² e reúnem população de 2,7 milhões de habitantes. Uma vez que a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) não atende todas as cidades, e, nas que atende, está longe de ter qualidade na prestação de serviços. E o projeto denominado Linha 18 – Bronze do Metrô, já assinado pelo ex-governador Geraldo Alckmim, via Consórcio Intermunicipal, que ainda não teve nem os valores para a desapropriação liberados, ou seja, continua no papel. Caso seja eleito, como irá conduzir este projeto? Vai tirar do papel e assim realizar o sonho de milhões de pessoas que aguardam pelo Metrô na região? Qual seria o prazo para tal obra ser concluída. 
Thiago Scarabelli Sangregorio
São Bernardo

Aborto
Nunca se falou tanto em aborto como nos dias de hoje. O assunto chega ao Senado depois de percorrer longo caminho passando, é claro, pelo crivo da sociedade brasileira. Isso gera intensas discussões de ordem política, religiosa, científica e cultural. Merece atenção. Há dois lados que debatem o tema: contra e a favor. Desperta o ânimo de homens e mulheres que lutam pelo direito das minorias. Muitos se deixam levar pelo calor da emoção, alimentando novas ideias. O caso é ouvido em alto e bom som. Em vista disso, o aborto quebra um velho tabu, formando o chamamento público atual. É certo interromper o nascimento do bebê, colocando em risco a vida da mãe, isso nos locais clandestinos ou mesmo na unidade de Saúde? Ela tem vontade livre para escolher abortar? Haverá amparo legal? Eis a questão. A semente está lançada!
Thiago Valeriano Braga
Guarulhos (SP)

Pedido ao prefeito
Quero pedir humildemente ao senhor prefeito de São Caetano, José Auricchio Jr, que nas próximas inaugurações ocorridas na cidade coloque uma homenagem a um homem que, se hoje estivesse vivo, teria 100 anos. Meu saudoso pai, Antonio Zucatelli, falecido há sete anos. Ele era chamado por todos de ‘Juca Pipoqueiro’ e trabalhou por quase 30 anos em frente à Matriz Sagrada Família vendendo suas pipocas. Seria uma ótima homenagem a esse homem, que muito fez por São Caetano. Por favor, senhor prefeito, dê esse presente para a minha família. 
Fernando Zucatell
São Caetano

Iceberg no caminho
Não é segredo para ninguém que o Partido dos Trabalhadores, desde o seu início, vinha alimentando um diabólico plano de se perpetuar no poder, que começaria em 2002, quando da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Tudo ia navegando conforme planejado, até que houve o famigerado escândalo do Mensalão. Mesmo assim, a coisa continuou a todo vapor com a reeleição de Lula em 2006 e, na sequência, a entrada de Dilma Rousseff, que veio substituí-lo em 2010 e acabou reeleita em 2014. Aqui outro mega tropeço no chamado escândalo do Petrolão, que culminou com o impeachment da presidenta e daí para frente o barco do PT começou a fazer água, como se usa dizer. Mas eles não desistem do sonho e empenham-se desesperadamente em voltar à tona em 2018. A nação brasileira não merece nem suportará tamanho suplício. 
Maria Elisa Amaral
Capital

Escorregão de FHC
O respeitado ex-presidente FHC, infelizmente, como tucano que é, escorregou feio ao prestar um desserviço à campanha de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), quando afirmou que para derrotar o Bolsonaro, Alckmin deve buscar apoio até do PT. Ora, qualquer candidato que demonstre apreço ao PT do presidiário Lula está fadado a ser desmoralizado! Seria um contrassenso se aliar a esta sigla que não respeita as nossas instituições, e ainda todos os dias afronta o nosso Judiciário. No que fez muito bem o candidato Geraldo Alckmin, depois da fala inconveniente de FHC, de gravar um vídeo em que rejeita alianças com radicais... Mesmo porque, a questão é ética! E quem manda e desmanda no PT é ninguém mais do que o corrupto e formador de quadrilha, Lula.
Paulo Panossian
São Carlos (SP) 




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