Esportes Titulo Jogos Olímpicos
Para o mundo ver

Londres faz cerimônia de abertura rica em cultura, mas sem
protagonismo; pira olímpica foi acesa por sete jovens atletas

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
28/07/2012 | 07:00
Compartilhar notícia


Londres exalta rica cultura, vai de Mr. Bean a Paul McCartney e abre Olimpíada sem protagonismo, com pira olímpica sendo acesa por sete jovens atletas. Festa contou a história do Reino Unido, simbolizado por vastas terras e transformando-se em metrópoles após a Revolução Industrial. Em ponto marcante, James Bond, na pele do ator Daniel Craig foi buscar a Rainha Elizabeth 2º em seu palácio e seguiram para o Estádio Olímpico de helicóptero surpreendendo com improvável salto de paraquedas.

Do humor ao drama, a festa organizada pelo cineasta Danny Boyle explorou os maiores cartões postais britânicos, passando por Harry Potter e Peter Pan, além do tradicional desfile das delegações. No fim, a brasileira Marina Silva, por lutar pela paz, foi convidada a conduzir a bandeira olímpica nos instantes finais da festa londrina feita não só para inglês, mas para o mundo ver.


Meninas do vôlei iniciam busca pelo bicampeonato olímpico

A Seleção Brasileira Feminina de Vôlei inicia hoje, às 18h, a busca pelo bicampeonato olímpico - foi ouro em Pequim (2008) -, em Londres, e repetir o feito masculino, que subiu duas vezes no ponto mais alto do pódio, em Barcelona (1992) e Atenas (2004). O time do técnico José Roberto Guimarães estreia contra a Turquia, no Centro de Convenções Earls Court.

Para a principal jogadora da equipe, a oposto Sheilla, 28 anos, ganhar o primeiro jogo é fundamental para a sequência na competição. "É meio clichê, mas não tem como fugir. Vencer na estreia dá moral e serve para quebrar o gelo inicial. Até porque na segunda partida já teremos pela frente os Estados Unidos (na segunda-feira)", destacou a atleta, que terá Fabi (foto) com uma das companheiras.

Outra esperança brasileira é a ponteira Natália, que se recuperou de cirurgia na canela para retirada de tumor e foi confirmada nos Jogos somente na quarta-feira. Ela ficará como opção no banco de reservas, mas será utilizada como fator surpresa durante o jogo. "Fico feliz com o apoio do Zé Roberto, que me dá mais motivação e segurança. Esse é o momento da superação do atleta, que na hora do jogo não pensa em dor", destacou a jogadora.

RIVAL

E quis o destino que o adversário logo na estreia fosse especial. Não, talvez, pela força da Turquia, mas por quem a comanda: o técnico Marco Aurélio Souza.

Ele dirigia a Seleção Brasileira no ciclo olímpico de 2004, em Atenas, mas um ano antes dos Jogos foi demitido depois de várias atletas se recusarem a treinar sob seu comando. Elas reprovavam os métodos do treinador. José Roberto Guimarães foi contratado e até hoje dirige o time.

Marco Aurélio preferiu não comentar o que ocorreu há quase dez anos e priorizou o confronto. "Nunca imaginaria encarar o Brasil logo na primeira partida. Porém, sempre tive foco nos últimos anos no crescimento do vôlei turco", destacou o treinador, que trabalha desde 2004 no país europeu.


Vôlei de praia estreia confiante em reconquistar soberania

Após desempenho abaixo do esperado em Pequim, quando viu os Estados Unidos ficarem com a medalha de ouro tanto no masculino quanto no feminino, três das quatro duplas brasileiras do vôlei de praia iniciam hoje a luta para reassumir a soberania na modalidade, o que aconteceu em Atlanta-1996 e Atenas-2004.

As primeiras a entrarem em ação são Juliana e Larissa, às 13h30. As atuais campeãs mundiais terão pela frente a dupla Rigobert e Li Yuk, das Ilhas Maurício, pela primeira rodada do Grupo A.

Pouco mais tarde, às 16h, Ricardo e Pedro Cunha iniciarão a participação masculina do Brasil, jogando contra os noruegueses Skarlund e Spinnangr, pela chave F.

Ao mesmo tempo, pelo Grupo E entre as mulheres, Talita e Maria Elisa estrearão contra as holandesas Meppelink e Van Gestel.

A outra dupla masculina, dos favoritos Alison e Emanuel, estreia amanhã, às 7h, contra os austríacos Doppler e Horst, pela chave A.


Mais forte que nunca, Seleção feminina de handebol caça medalha

Após conquistar o inédito quinto lugar no Mundial de Handebol do ano passado, realizado em São Paulo, a Seleção Feminina está mais próxima de alcançar espaço no pódio dos Jogos Olímpicos de Londres como nunca esteve antes.

O time comandado pelo técnico Morten Soubak e que conta com a experiência da goleira Chana (foto) pega a Croácia, às 10h30 (Brasília), no Ginásio Cooper Box, no complexo esportivo do Parque Olímpico. As meninas do Brasil disputaram 16 amistosos em 2012 e saíram vitoriosas em todos.

"Melhoramos a cada fase de preparação. Vamos entrar com autoconfiança, sabemos que temos capacidade de brigar com as melhores", disse o treinador.

"Temos consciência de que não somos os favoritos. Trilharemos nosso caminho, mas existem 11 times que podem buscar o título. Todos passaram por campeonatos classificatórios e torneios pré-olímpicos. Portanto, são os melhores do mundo", avaliou Soubak.

O Brasil integra a Chave A dos Jogos, ao lado de Angola, Croácia, Grã-Bretanha, Montenegro e Rússia. No outro grupo estão Dinamarca, Espanha, França, Coreia do Sul, Noruega e Suécia. Os quatro melhores de cada divisão se classificam para as quartas de final.

A Seleção enfrentou a Croácia na penúltima rodada do Mundial de Handebol e superou as adversárias pelo placar apertado de 32 a 31. As croatas terminaram a competição no sétimo lugar.

O Brasil só terá representação feminina. O time masculino não conseguiu vaga no Pré-Olímpico, disputado na Suécia, em abril.


No boxe, Robenilson de Jesus enfrenta pugilista do Uzbequistão

O Brasil inicia hoje o sonho de quebrar o jejum de 44 anos de medalhas olímpicas com o peso galo (até 56 kg) Robenilson de Jesus, que encara Orzubek Shaymov, do Uzbequistão, número 18 do ranking mundial, às 9h30.

O brasileiro, que disputa a segunda Olimpíada, conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara-2011, mas não está entre os favoritos a medalha em Londres.

Já o médio (até 75 kg) Esquiva Falcão (foto), oitavo do mundo, não vai precisar realizar a primeira luta hoje e sobe ao ringue apenas na quinta-feira, quando encara o vencedor de Mohamed Hikal, do Egito, e Soltan Migitinov, do Azerbaijão.

Amanhã, mais dois brasileiros entram em ação. Robson Conceição encara o britânico Josh Taylor (16h30) e Mike Carvalho, o norte-americano Errol Spence (18h), nas categorias até 60 kg e 69 kg, respectivamente.


Trinca de ciclistas brasileiras pegam a estrada por mérito inédito

O trio Clemilda Fernandes, Fernanda Souza e Janildes Fernandes pega a estrada hoje para a disputa do ciclismo de resistência dos Jogos Olímpicos de Londres. A modalidade, que tem largada e chegada na Avenida The Mall, terá percurso de 140 quilômetros (110 quilômetros a menos do que entre os homens).

A experiência das irmãs goianas Clemilda e Janildes, em conjunto ao potencial da cearense Fernanda são os trunfos da equipe brasileira, que está confiante na conquista de pelo menos uma medalha, inédita.

"Tenho orgulho de participar pela segunda vez dos Jogos, meus olhos enchem de lágrimas só de pensar que mais uma vez estarei defendo meu país e com muito orgulho, como sempre fiz. Nossa equipe está forte e tenho certeza que vamos fazer grande participação", explicou Clemilda.

A tarefa brasileira, no entanto, não será fácil. Afinal, tem pelo menos seis países com mais tradição no esporte, casos de Grã-Bretanha, França, Itália, Espanha, Austrália e Rússia.

Depois das provas de estrada, aos brasileiros faltarão as competições de estrada/contrarrelógio, BMX e mountain bike.


Basquete feminino tenta superar ausência de Iziane e resultados ruins

A Seleção Brasileira feminina de basquete terá dois adversários na estreia da Olimpíada, hoje, às 16h. O primeiro é a França e o segundo é a falta de confiança após dispensa de Iziane, a melhor jogadora do time, liberada após levar o namorado para o quarto durante a concentração. A situação deixou tenso o clima no grupo e a expectativa é saber se as jogadoras conseguiram superar o episódio.

Vencer a França é tarefa obrigatória se o desejo é avançar à próxima fase. As francesas lutam diretamente contra o Brasil e a Grã-Bretanha pela quarta vaga no Grupo B, já que Austrália, Rússia e Canadá partem como favoritos aos três primeiros lugares. O problema é que o quarto colocado do grupo cruzará com o melhor da Chave A, provavelmente os Estados Unidos.

Brasil e França se enfrentaram recentemente em torneio preparatório, disputado em julho. Jogando em casa, as francesas levaram a melhor e venceram por dez pontos de diferença (67 a 57), em duelo no qual as brasileiras já não contavam mais com Iziane.

Uma vitória na estreia pode ajudar a apagar os últimos fracassos do Brasil em competições importantes. Em Pequim-2008, as brasileiras terminaram na lanterna do grupo e no Pan-Americano de 2011, caíram nas semifinais, mesmo sendo considerada favorita ao ouro.

"Queremos uma medalha. Todas as equipes que estão aqui pensam nisso. Você tem que acreditar até o fim e estar sempre focada, mesmo após a derrota", aconselhou Adrianinha.


Basquete masculino estreia atrás do sonho

Vivendo o melhor momentos nos últimos 16 anos, o basquete masculino do Brasil estreia na Olimpíada para comprovar a fama de favorito a medalhas. O primeiro rival será a Austrália, às 7h15 de amanhã.

O time chega embalado pelas oito vitórias nos 11 amistosos disputados nas últimas semanas - perdeu apenas para Argentina, Estados Unidos e França. Além disso, conta com grupo completo, inclusive com jogadores que atuam na NBA: Leandrinho, Anderson Varejão, Nenê (foto) e Tiago Splitter.

Outro destaque é o armador Marcelinho Huertas, do Barcelona. Apesar de reconhecer a dificuldade, ele assume que o Brasil luta por medalha. "Nosso grupo é forte e não podemos esperar outra coisa que não voltar com medalha. Sabemos que será difícil, há rivais fortíssimos, mas demoramos para realizar o sonho de jogar uma Olimpíada e agora conseguimos não podemos desperdiçar", avaliou.


Depois de baixas, meninas de ginástica buscam o pódio

O sonho de conquistar a medalha olímpica se renova de quatro em quatro anos para a Seleção Feminina de Ginástica Artística. Na madrugada de amanhã, a partir das 5h30, o Brasil volta a torcida para as cinco atletas que buscam o pódio para o País nos Jogos de Londres, na North Greenwich Arena.

Pela terceira vez consecutiva, o Brasil contará com uma equipe completa no torneio. Bruna Leal, Daniele Hypólito (foto) e Ethiene Franco se apresentarão nos quatro aparelhos (salto, assimétricas, trave e solo). Daiane dos Santos fará paralelas, salto e solo, e Harumy de Freitas, por enquanto, somente trave.

"A equipe está muito unida, uma trabalhando pela outra. Passamos muito bem pelo treino de pódio e vamos dar o nosso melhor. A Dani (Hypólito) tem grandes chances de ir à final do individual geral. Os Jogos Olímpicos são feitos de surpresas e espero que as nossas sejam alegres", comentou a treinadora Iryna Ilyashenko, que comanda o grupo ao lado de Ricardo Pereira.

A equipe feminina de ginástica sofreu duas baixas por motivos de lesão antes de estrear na Olimpíada de Londres. Há uma semana, Laís Souza teve uma fratura na mão direita e foi substituída por Ethiene Franco. Uma lesão na coluna durante o treinamento de pódio de quarta-feira tirou a ginasta Adrian Gomes da competição. Harumy de Freitas passou a integrar o time.

"Fizemos a maior festa para ela, apoiamos e conversamos bastante. Ela é nova e passa por momento delicado", comentou a treinadora sobre a estreante em Jogos Harumy, que tem apenas 17 anos. Por outro lado, a veterana Daniele Hypólito entra para a disputa da quarta Olimpíada da carreira (esteve em Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008).

"Pude acompanhar o crescimento da modalidade e o surgimento de novos talentos, o que é maravilhoso. Continuo trabalhando forte para não deixar cair o desempenho que tive no pré-olímpico e fico feliz em ver que as pessoas estão conseguindo perceber a importância de uma atleta experiente", avaliou Daniele, que foi responsável pela vaga da Seleção nos Jogos após o bom desempenho na trave durante o Pré-Olímpico, em janeiro.

A equipe masculina entraria em cena a partir das 7h de hoje. O são-caetanense Arthur Zanetti se apresentaria nas argolas, Diego Hypólito no solo e Sérgio Sasaki nos seis aparelhos (solo, cavalo, argolas, salto, paralelas e barra fixa) para buscar vaga na final do individual geral.

Esta é a primeira vez na história da competição que o Brasil contará com três representantes na modalidade, o que pode aumentar as chances da conquista de uma medalha inédita.


Futebol feminino mira vaga nas quartas contra Nova Zelândia

A Seleção Brasileira Feminina de Futebol, que estreou com goleada (5 a 0) sobre Camarões, espera garantir a vaga nas quartas de final do torneio olímpico já no confronto de hoje, às 10h30, em Cardiff, diante da Nova Zelândia, pela segunda rodada do Grupo E.

As brasileiras, que ficaram com a prata em Atenas-2004 e Pequim-2008 - perderam nas duas ocasiões para os Estados Unidos - e agora buscam o ouro inédito, lideram a chave com três pontos, mesmo número da Grã-Bretanha, que venceu as neozelandesas por 1 a 0 na estreia.

A equipe do técnico Jorge Barcellos busca outra vitória para ganhar moral antes da partida contra as britânicas, terça-feira, em Londres.

Na estreia contra as camaronesas, Cristiane, 27 anos, fez um gol e se tornou a maior artilheira dos torneios olímpicos (11 gols). Recuperada de lesão, a atacante começou a partida no banco de reservas, mas depois da boa atuação deve retornar ao time titular.

Os dois primeiros colocados de cada uma das três chaves avançam à segunda fase, assim como os dois melhores terceiros.


Leandro Cunha e Érika Miranda sobem ao tatame amanhã no judô

Depois das estreias dos judocas Sarah Menezes (- 48 kg) e Felipe Kitadai (- 60 kg), previstas para ocorrerem na madrugada de hoje, é a vez dos atletas Leandro Cunha (- 66 kg) e Érika Miranda (-52 kg) entrarem no tatame da ExCel Arena.

A partir das 5h30 de amanhã, a brasileira enfrenta a sul-coreana Kyung-Ok Kim. A judoca ocupa a quarta posição no ranking mundial da categoria e a rival, a 23ª.

No mesmo horário, Leandro faz o primeiro confronto diante do polonês Pawel Zagrodnik. O brasileiro é o sexto melhor da categoria, segundo o classificatório mundial de judô, enquanto que o adversário é o 48º.

Se passarem da fase eliminatória, os judocas devem voltar ao tatame às 10h, para disputar a semifinal. A luta pela medalha olímpica de ouro está prevista por volta das 12h.


Bellucci estreia na chave de duplas ao lado de André Sá

Thomaz Bellucci começa hoje sua segunda participação em Olimpíadas. Ao lado de André Sá, o tenista número 40 do mundo enfrenta os norte-americanos Mike e Bob Bryan, às 13h30, nos gramados de Wimbledon, pela chave de duplas.

"É jogo duro. Os irmãos Bryan são os principais favoritos. Eu e o André já jogamos juntos algumas vezes. Ele é experiente em duplas, e acredito que temos as nossas chances", disse Bellucci.

O atleta é o único brasileiro que disputará a chave de simples. A estreia deve ser amanhã, contra o tenista número seis do mundo, o francês Jo-Wilfried Tsonga. O horário do jogo não foi divulgado até o fechamento desta edição.

Os brasileiros Marcelo Melo e Bruno Soares fazem a primeira partida nos Jogos contra os norte-americanos Andy Roddick e John Isner, às 15h30.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;