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A morte do presidente da Nordon

Lembranças de uma fábrica, algumas trágicas, como o acidente que vitimou Roger Adam

Ademir Medici
11/03/2019 | 07:13
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“Quem é você, colaborador Nordon? Memória busca contato com antigos funcionários da companhia, que fez história na Avenida Industrial.”
Conforme Memória, 20-2-2019.

“Gostei muito da matéria sobre a Nordon. Lembrei-me até de Pierre Jourdanne, que trabalhou por lá como ‘padre operário’. Essa é outra história que precisa ser contada: Por que os padres foram trabalhar em fábricas?”
Cido Faria, sociólogo

Uma tragédia abateu-se sobre a Nordon: a morte do seu presidente, o francês Roger Adam.
Ele estava no avião que caiu em Orly, na França, em 11 de julho de 1973, causando a morte de 122 de seus 134 ocupantes, entre os quais o cantor Agostinho dos Santos e o senador Filinto Muller. Roger Adam foi homenageado pela Prefeitura de Santo André, que deu o seu nome a uma rua próxima à Nordon.
Lembranças do nosso entrevistado, o eletricista Waldomiro Soares de Souza, ontem apresentado aqui em Memória.

As churrascadas do Natal
Sr. Miro não economiza em elogios à indústria onde trabalhou:
n Era possível fazer carreira na Nordon: você entrava como ajudante e crescia na empresa.
n Havia um sistema de pontos. Quanto mais pontos o funcionário obtinha, mais evoluía, com o aumento constante do salário, por exemplo. Nunca houve atraso salarial.
n O funcionário participava de cursos, dentro da fábrica e externos. Cursos do Senai e de outras instituições. Curso de rolamento de motores, por exemplo.
n A parte humana era exemplar. Entrosamento total. Dava gosto trabalhar na Nordon, verdadeira família.
n Assistência médica e social. Havia um departamento médico na empresa. Sr. Miro lembra de dois médicos, Dr. Madeira e Dr. Paulo.
n Pela manhã era servido um reforçado café. Depois o almoço.
n Havia o clube da Nordon. E toda véspera de Natal era servida uma churrascada aos funcionários e familiares. Instalava-se uma grelha gigante, sustentada por tijolos refratários. E dá-lhe carne, de primeira qualidade.
n Na festa, distribuição de brinquedos às crianças. Brinquedos Estrela, os melhores que havia. Entre as guloseimas servidas, o sorvete Kibon.

PRÓXIMO CAPÍTULO
Os franceses da Nordon
A história de Michel,
que lutou no Vietnã

Interação com Facebook
Quando o parceiro chega, a casa está perfumada, restando uma derradeira providência: afastar a filha Natacha das proximidades.

Da crônica de Guido Fidelis publicada pelo Diário em 11 de março de 1989. Confiram a íntegra no Facebook da Memória – acessem o endereço acima.

Diário há 30 anos
Sábado, 11 de março de 1989 – ano 31, edição 7010
Manchete – Frente de prefeitos cria grupo de pressão. Bloco suprapartidário vai defender um programa comum aos governos estadual e federal. Na Primeira Página, uma foto dos sete prefeitos reunidos em São Caetano.
Editorial – Frente política testa promessas eleitorais
Basquete Masculino – Pirelli vence o Corinthians em seu ginásio, em Santo André: 88 a 80; assegurada a classificação à próxima fase da Taça Brasil.
Ela & Ele (Solange Dotto) – Mapa astral, a radiografia cósmica da alma humana,
Gente – Doria Jr. apresentava o programa Sucesso, pela TV Bandeirantes.
Nota – Ele mesmo, hoje governador do Estado.

Em 11 de março de...
1919 – O professor Antonio Morato de Carvalho, inspetor escolar, tem visitado frequentemente as escolas do município de São Bernardo.
n Acompanhado da mulher, tem estado em Santo André o dr. Cesário Bastos.
1929 – Ines Arssuffi Medici nasce em São Bernardo. Raízes italianas e são-bernardenses. Ela leva no nome duas famílias pioneiras do Núcleo Colonial de São Bernardo, aqui chegadas com as primeiras levas de imigrantes italianos no século XIX.
Dona Inês é mãe da atriz Ana Maria Medici, nossa prima querida, que desde já é convidada a remexer o baú da mamãe em busca de preciosidades históricas.
1939 – Prefeito Décio de Toledo Leite, de Santo André, edita o Ato nº 333, que cria a licença-prêmio ao funcionalismo.
1974 – Professora Dulce Donadelli Pinto nomeada chefe da Educação Infantil em São Bernardo.

Falecimentos

Santo André
Maria do Carmo Soares, 90. Natural de Conselheiro Pena (MG). Residia na Vila Palmares, em Santo André. Dia 4. Cemitério Nossa Senhora do Carmo. Curuça.
Maria Deonilda Padiar de Carvalho, 88. Natural de Presidente Prudente (SP). Residia no Jardim Bela Vista, em Santo André. Dia 4. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.
Yole Paronete, 87. Natural de São Paulo (SP). Residia na Vila América, em Santo André. Dia 1º. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

São Bernardo
Izabel Antunes de Souza, 88. Natural de Monte Azul (MG). Residia no bairro Alves Dias, em São Bernardo. Dia 5.
Cemitério dos Casa.
Rubens Silvério, 71. Natural de São Bernardo. Residia na Vila Jaú, Rudge Ramos, em São Bernardo. Dia 3. Cemitério da Paulicéia.
São Caetano
Ignesia Bertolucci Giuriatti, 85. Natural de Piracicaba (SP). Residia no bairro Santa Maria, em São Caetano. Dia 6. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.
Dárcio Orlando, 73. Natural de São Caetano. Residia no bairro Santa Paula, em São Caetano. Dia 7. Cemitério São Caetano, Vila Paula.

Diadema
Domingos Ferreira da Silva, 71. Natural de Itapé (BA). Residia no bairro Eldorado, em Diadema. Dia 5. Vale da Paz.

Mauá
Rosália Ramos Barbosa, 94. Natural de Senhor do Bonfim (BA). Residia na Vila Ana, em Mauá. Dia 4. Cemitério Sta.Lídia.
Isaurinha Maria de Jesus Tolentino, 90. Natural de Senhor do Bonfim (BA). Residia no Jardim Anchieta, em Mauá. Dia 4. Cemitério Santa Lídia.
Isaura Teodoro Rocha, 88. Natural de Pederneiras (SP). Residia na Vila Magine, em Mauá. Dia 2. Cemitério Santa Lídia. 




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