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Filme premiado 'A Fita Branca' vale ida a São Paulo
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
14/02/2010 | 07:10
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Trabalhos contundentes como Violência Gratuita, Caché e A Professora de Piano precedem o nome do diretor alemão Michael Haneke. Seu mais novo filme, A Fita Branca, que estreou neste fim de semana, é uma boa desculpa para ir até São Paulo durante o feriado.

Filmado em preto e branco, o longa ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cinema em Cannes no ano passado e, depois de levar o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, disputa agora dois Oscar neste ano: melhor fotografia (belíssimo trabalho de Christian Berger) e novamente melhor filme estrangeiro.

Ambientado em um vilarejo alemão em 1914, o filme trata sobre totalitarismo, mas não se vale de nenhum de seus ícones óbvios (ajuda nisso a escolha da época em que a ação se passa, distante da ascensão de Hitler). Haneke vai além: até mesmo o formato e a linguagem não remetem ao que já sabemos sobre regimes autoritários. A decisão em abdicar das cores só reforça esse ponto. "Branco, como vocês sabem, é a cor da inocência", diz trecho de um dos diálogos.

O fio condutor do roteiro é a investigação de violentos acontecimentos na pequena vila, habitada por protestantes: o cavalo do médio cai numa armadilha, o celeiro é incendiado e até mesmo duas crianças são sequestradas e sofrem torturas. A impressão é de que a cidade está sendo punida. Mas por quê? E por quem?A busca por respostas é empreendida pelo professor do coral local, um jovem simples e de aparência inocente.




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