Economia Titulo Pesquisa
Faturamento das empresas cai 6,3% no semestre
14/11/2009 | 07:00
Compartilhar notícia


Apesar dos esforços do governo para reduzir os efeitos da crise no País, o faturamento das empresas brasileiras caiu 6,3% no primeiro semestre de 2009, já descontada a inflação, na comparação com igual período do ano passado, segundo a Serasa Experian, empresa de análise de crédito.

Foram analisadas as demonstrações contábeis de 1.000 empresas nos setores da indústria, comércio e serviços. O comércio foi o único setor a apresentar crescimento real no faturamento, de 2,7%. O desempenho foi puxado pelos bens de consumo não duráveis, como alimentos, menos dependentes do crédito. Empresas que atuam com bens duráveis, mais dependentes de financiamentos, tiveram retração nas receitas.

No setor de serviços o recuo foi de 4,1% nos primeiros seis meses de 2009. O segmento de energia elétrica registrou retração de 7,6%. Segundo a Serasa, com a crise, a redução da produção industrial levou à queda do consumo de energia, prejudicando o desempenho das prestadoras de serviços.

Na telefonia fixa, houve queda de 5,4% no faturamento. A explicação é que muitos clientes trocaram o telefone fixo pelo celular.

INDÚSTRIA - A indústria foi a mais atingida pela crise no primeiro semestre, conforme o estudo da Serasa. As vendas do setor caíram 12% no período, em comparação com o primeiro semestre do ano passado. Este é o pior desempenho desde o início da série histórica, em 2000.

A exceção foi a indústria de alimentos, que apresentou leve alta de 0,2% no faturamento. Os segmentos mais afetados pela crise foram os de siderurgia, química e fertilizantes.

De acordo com a Serasa, os três segmentos passaram pela deterioração do preço médio de vendas nos primeiros seis meses do ano. No caso da siderurgia, os ganhos também foram prejudicados pelo menor volume de vendas e pelos efeitos do câmbio sobre a exportação.

Na conclusão do estudo, os técnicos da Serasa ressaltaram que o primeiro semestre foi "economicamente conturbado". Para reverter este quadro, "o governo adotou políticas anticíclicas (cortes de impostos, reduções de juros e medidas de estímulo ao crédito) que, aliada ao comprometimento das empresas", contribuíram para recolocar o País "no início de um novo ciclo de crescimento".




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;