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Ferrovia deficitária

A segunda parte da condensação do artigo de Adalberto Dias Almeida sobre os 153 anos da antiga Estrada de Ferro São Paulo Railway (1867-2020) conclui que a ferrovia brasileira permanece deficitária

Por Ademir Medici
17/02/2020 | 00:01
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 Desastres anotados

Texto: Adalberto Dias Almeida

Antes e depois da inauguração em 1867, a Estrada de Ferro São Paulo Railway, cortando a região, enfrentou problemas e dramas até passionais.

Na inauguração, um desastre no trecho do primeiro patamar. Ninguém morreu, mas o desgaste emocional foi grandioso entre os convidados e autoridades. Dom Pedro II fora convidado. Não compareceu. Enviou representante. 

Tempestade arrastou trilhos e dormentes entre a Estação de Rio Grande e Ribeirão Pires. 

Quando da inauguração do trecho entre o Brás e a Estação São Paulo (Luz), a locomotiva tombou. Arrastou vagões lotados de convidados ilustres. O maquinista Pelegrino Lodi morreu. Entre os feridos, o presidente João da Silva Carrão e o arcebispo de São Paulo.

Um dos construtores do túnel Botujuru foi assassinado, vítima de drama passional.

Com tantos problemas, a SPR resolveu inaugurar a estrada, sem aprovação do agente do governo e com instalações inacabadas. Isso porque havia prêmio se as obras fossem antecipadas. 

Por questões políticas, o Império rompeu relações comerciais com a Inglaterra, e as despesas com financiamento em curso foram cortadas. O barão de Mauá assume tais despesas, a fim de não interromper as obras em curso. Vai à falência.

EPÍLOGO

Passados 153 anos desde a inauguração da Estrada de Ferro São Paulo Railway, as ferrovias brasileiras são controladas por concessões em transportes de carga. 

Uma composição de passageiros urbanos transporta hoje o mesmo numero de usuários dos tempos iniciais. Não houve evolução.

As necessidades em mobilidade ferroviária são altíssimas, imprescindíveis, tanto no campo urbano, regional, como de longo curso.

A alta tecnologia (magnética ou hidrogenia) não passa de sonho. Os políticos continuam prometendo. A realidade é que o Brasil continua no ranking de um dos maiores países territoriais e com uma ferrovia para lá de deficitária.

CTBC. Reencontro. Amizade

No início da década de 1970, quando era diretor financeiro da CTBC (Companhia Telefônica da Borda do Campo), Adenir Madruga era minha secretária e a Hilda Itokawa, secretária de outro diretor. 

Na época, Calvin Belshe era técnico de uma empresa norte-americana, que prestava serviços para a CTBC. Adenir e Calvin se apaixonaram e se casaram em 1974, sendo eu padrinho de casamento, e foram embora para os Estados Unidos. 

De vez em quando eles vêm passear e aproveitam para encontrar velhos amigos, como aconteceu no último dia 6. É muito agradável rever velhos amigos, que a distância não separa.

Mituo Teramae, de Santo André

Diário há 30 anos

Sexta-feira, 17 de fevereiro de 1990 – Ano 32, edição 7305

Manchete – Empresário reage e vai tirar ônibus da rua em 45 dias. Liane Born, interventora da Prefeitura de Santo André na Viação Alpina. Empresas de ônibus ameaçam parar serviços.

São sete empresas de ônibus responsáveis pelas 57 linhas: Humaitá, Parque das Nações, Curuçá, Padroeira do Brasil, São Camilo, São José e Alpina.

Santo André – A Fundação de Promoção Social da prefeitura vai ceder lugar ao Museu de Santo André, na Rua Senador Flaquer, antigo I Grupo. Inauguração do museu prevista para agosto.

Automobilismo – Toyota pode trazer o Corolla para o Brasil.

Carnaval 90 – Medo da Aids dobra venda de preservativos; Mauá espera 100 mil para o desfile de rua; Simbologias das Cores, tema da Escola de Samba Mocidade Independente de Cidade São Jorge.

Em 17 de fevereiro de...

1915 – O secretário de Agricultura do Estado, Paulo de Moraes, realizava viagem de inspeção aos serviços de reconstrução da Estrada do Vergueiro, de São Paulo a Santos, passando por São Bernardo.

O trecho mais dificultoso era o da serra.

A viagem do secretário durou seis horas, entre ida e volta.

O retorno foi mais difícil, pois o automóvel precisou parar em vários trechos da serra para refresco do motor.

1920 – Carnaval. Aluga-se um autocaminhão com rodas de borracha para os três dias de Carnaval. Trata-se à Rua Barão de Paranapiacaba, nº 5, nesta Capital.

1940 – Colocadas à venda as entradas para o jogo de futebol entre o Brasil e a Argentina, amanhã (domingo), no Parque Antarctica.

As cadeiras numeradas só serão vendidas na sede da Liga de Futebol do Estado de São Paulo, à Rua Xavier de Toledo.

A II Guerra. Do noticiário do Estadão: ter-se-ia travado um combate entre vasos de guerra ingleses e alemães ao largo da costa norueguesa.

1960 – Informa o correspondente do Estadão em São Caetano, Hermano Pini Filho:

Inscreveram-se ao exame vestibular do curso Normal (Professorado) do Colégio Estadual Coronel Bonifácio de Carvalho, 37 candidatas.

Realizados os exames, 30 delas foram eliminadas logo na primeira prova, a de matemática.

Em vista do pequeno número de aprovações, deverão ser realizados novos exames, uma espécie de segunda época para alunas que não lograram êxito na prova eliminatória.

1985 – A jornalista Elianete Simões mostrava, aqui no Diário, o cartão de crédito, ‘um jeito de ganhar com a crise’. Crescia a nova forma de pagamento. Mas lojistas entendiam que havia algumas desvantagens.

Santos do Dia

Silvino (bispo)

Policrônio (bispo)




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