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Admir constrói esmagadora maioria e é eleito presidente

Pai de Atila parte para quarto mandato como chefe da Casa de Mauá

Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
02/01/2017 | 07:00
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Pela quarta vez em nove mandatos assumidos, o vereador Admir Jacomussi (PRP) foi eleito presidente da Câmara de Mauá, mas já é tratado como espécie de curinga no futuro governo – os “olhos” de Atila Jacomussi (PSB) na Câmara. Admir, que encabeçou a chapa única da eleição, recebeu o apoio de 22 vereadores, exceto o de Marcelo Oliveira (PT), que votou em branco.

Estarão ao seu lado na mesa diretora Betinho da Dragões (PR-vice-presidente), Irmão Ozelito (SD-primeiro secretário), Adelto Cachorrão (PTdoB-segundo secretário) e Severino do MSTU (Pros-terceiro secretário).

Ainda que a sua eleição tenha sido costurada com a ajuda do filho, Admir disse que nada muda por conta da questão parental. “A nossa relação é como prefeito e presidente da Câmara. Não pode misturar as coisas.”

Jacó, como é conhecido no meio político, garantiu que ouvirá bastante o prefeito, mas sempre priorizará a independência dos poderes. “Trabalharemos independentemente do vínculo de sangue. São poderes distintos, mas são harmônicos”, ressalta o parlamentar.

Segundo o vereador, é preciso haver uma conversa amigável entre Executivo e Legislativo, de modo que as ações reflitam de forma positiva para a população. “O prefeito depende do vereador, mas o vereador também depende do prefeito para aprovar as coisas. Se o vereador radicaliza, acaba não fazendo nada durante o seu mandato”, analisa o parlamentar.

Admir disse ter se admirado com a chapa única para eleição da mesa diretora e que não dá para saber ainda como será desenhada a oposição na Câmara, se é que ela existirá. “Talvez o PT seja oposição. Para efeito eleitoral os partidos se juntam, mas depois se separam. Vamos ver (quando começarem as atividades) quem vai fazer oposição ao Atila.”

Antes da eleição interna, o vereador Chiquinho do Zaíra (PTdoB), eleito na coalizão de Donisete Braga (PT), costurava candidatura alternativa. Ele apostava nos votos de seu partido – ao todo, o PTdoB elegeu três vereadores – e de legendas então aliadas de Donisete para surpreender e marcar posição no Legislativo. Entretanto, a composição de ontem mostra que Chiquinho tem predisposição de dialogar com o futuro governo.

Há o entendimento de que, neste primeiro momento, Admir deverá nortear a discussão de projetos importantes, como a reforma administrativa. Uma vez feita, ele pode ser utilizado no Paço, em alguma secretaria estratégica. Vale lembrar que de 2005 a 2008 ocupou o cargo de Secretário de Obras no município. 




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