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Sem concorrência, Pery conquista Câmara

Vereador tucano vai comandar o Legislativo de São Bernardo nos próximos dois anos

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
02/01/2017 | 07:00
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Sem concorrência da oposição, Pery Cartola (PSDB) foi eleito ontem presidente da Câmara de São Bernardo para o biênio 2017-2018, em processo marcado pelo início de forte influência do governo Orlando Morando (PSDB) no Legislativo, uma vez que todos os cargos da mesa diretora foram destinados aos aliados mais próximos de Morando. Junto com Pery, foram eleitos pastor Zezinho Soares (PSDB, vice-presidente), Juarez Tudo Azul (PSDB, primeiro secretário) e Ivan Silva (SD, segundo secretário).

A escolha de Pery como o candidato do governo para chefiar o Legislativo recebeu o aval de Morando no sábado, que, em uma reunião com os 18 vereadores da sustentação, pediu unidade no processo eletivo.

A tática deu certo e Pery venceu de forma esmagadora, sendo referendado por 27 dos 28 parlamentares. Somente a oposicionista Ana Nice (PT) não direcionou voto ao tucano, se abstendo da escolha do novo chefe do Legislativo. As bancadas do PT e do PPS, contrárias aos tucanos no processo eleitoral, sequer ensaiaram enfrentamento na disputa do pleito.

Líder dos petistas, José Luís Ferrarezi liberou os demais colegas – cinco vereadores compõem a bancada – de qualquer obrigação para o voto. Ferrarezi anunciou, antes do processo, que reconhecia inferioridade na disputa e que era favorável a um diálogo para conseguir participação na mesa diretora e nas comissões. O movimento não deu certo e maior participação dos petistas ficou apenas como integrante da comissão de Saúde. Nas principais, como Justiça e Finanças, que podem interferir no andamento do Parlamento, a presidência ficou com os governistas: Toninho Tavares (PSDB, em Justiça) e Martins Martins (PHS, em Finanças). Representante do PPS, Julinho Fuzari não comentou o pleito interno.

Um dos líderes da oposição ao governo do ex-prefeito Luiz Marinho (PT) e mais votado na eleição de outubro, com 7.540 votos, Pery não escondeu a felicidade. “Estou feliz. Tentarei fazer um Parlamento mais harmônico. Zelar pelo erário. Reduzir contratos. Ainda não tenho os números, mas quero um choque de gestão”, disse.

Um dos dramas do Legislativo é a determinação de exoneração dos cargos de livre nomeação. O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) conferiu 90 dias – prazo termina em março – para que a Casa implemente ampla reforma administrativa e reveja o comissionamento de funções que podem ser preenchidas por concurso público. “Vou pedir paciência aos vereadores, porque não poderemos descansar. A providência precisará ser tomada rapidamente nos próximos dias”, citou Pery, indicando a contratação de empresa de consultoria jurídica. 




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