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Região melhora, mas sem nota máxima em ranking de gestão

Índice Firjan mostra recuperação das administrações do Grande ABC, que não tem nenhuma cidade com conceito de excelência

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
29/07/2016 | 07:00
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Embora em crise econômica e com registro de queda de arrecadação, a maioria das prefeituras do Grande ABC mostrou melhora no Índice Firjan de Gestão Fiscal de 2015, mensurado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Das sete administrações, cinco foram consideradas com boa gestão e só duas em trabalho com dificuldade. Os números regionais contrastam com o negativo quadro paulista, apesar de nenhuma das sete cidades receber avaliação máxima da entidade.

Das 645 prefeituras, 604 foram analisadas por técnicos da Firjan e, desse total, 527 cidades apresentam problemas de execução administrativa – ou seja, 87,4% dos municípios pesquisados estão em apuros financeiros.

Dentre a lista de prefeituras em dificuldades estão as de Ribeirão Pires, administrada por Saulo Benevides (PMDB), e Rio Grande da Serra, cujo prefeito é Gabriel Maranhão (PSDB). As duas gestões registraram piora nos índices em relação aos números de 2014.

Em nota que vai de zero a um – e leva em consideração itens como gastos com pessoal, custo da dívida e receita própria fornecidos à STN (Secretaria do Tesouro Nacional) –, Ribeirão tirou 0,5504 (antes era 0,5784) e Rio Grande ficou com 0,4305 (antes era 0,5146). No ano passado, Saulo enfrentou graves problemas financeiros que o levaram a quase ver a AES Eletropaulo cortar o fornecimento de energia a prédios públicos por falta de pagamento.

As outras cinco receberam notas positivas no Índice Firjan. A melhor é São Bernardo, gerida por Luiz Marinho (PT). A pontuação foi 0,7631 (em 2014 foi 0,7342). A cidade está na 13ª posição no Estado e na 49ª no País. Em segundo lugar no ranking regional está São Caetano, do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), com nota 0,6505 (antes era 0,6151). Mauá, de Donisete Braga (PT), está na sequência, com 0,6366 (antes era 0,4539).

“Entre os indicadores analisados, os municípios paulistas apresentam desempenho superior à média nacional em receita própria, gastos com pessoal e custo da dívida. A Federação das Indústrias destaca o desempenho no indicador de receita própria, em que a nota média é 52,9% superior à nacional, indicando a maior capacidade de arrecadação própria desses municípios. O Estado possui o maior número de prefeituras com nota máxima nesta variável: são 18 cidades que geram mais de 50% de suas receitas”, apresentou a Firjan.

O melhor município avaliado pela Federação das Indústrias do Rio foi Ortigueira, no Paraná, cuja nota foi 0,9570. O conceito foi impulsionado pela instalação da fábrica da Klabin, produtora e exportadora de papéis, num investimento de R$ 8,5 bilhões. Em São Paulo, o melhor desempenho foi da cidade de São Pedro, no Interior (0,8826). Louveira, Indaiatuba e Ilhabela estão entre os dez municípios mais bem administrados do País. 




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