Política Titulo Diadema
Adversário em 2012, Lauro faz aceno para ter Gilson Menezes

Verde vê ex-chefe do Executivo, no PDT,
como um puxador de votos para PR e PSC

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
13/07/2016 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A desistência do ex-prefeito de Diadema Gilson Menezes (PDT) na corrida pelo Paço para busca uma das 21 vagas na Câmara despertou o interesse do prefeito Lauro Michels (PV), que prepara investida por adesão do ex-chefe do Executivo com vistas ao processo eleitoral de outubro. O principal objetivo do verde é atrair Gilson para compor coligação proporcional com partidos de menor expressão e que estão próximos de ruptura, casos do PR e PSC.

Na semana passada, o PDT passou oficialmente a avaliar a entrada de Gilson na disputa por cadeira no Legislativo, justificando falta de aporte financeiro para campanha majoritária. Estrategicamente, decidiu que a mudança poderia repetir tática vitoriosa de 2012 utilizada pelo rival e também ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos (PSDB), que, ao se lançar pela primeira vez ao Parlamento municipal, consagrou-se como puxador de votos da sigla, abrindo segunda vaga para o tucanato e registrando maior votação da história: 7.254 adesões.

De imediato, os pedetistas foram sondados por representantes do PT, cuja candidatura majoritária será representada pelo vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho. Houve também interesse do pré-postulante do PSD, o empresário Taka Yamauchi. Gilson admitiu possibilidade de mudança de projeto político, destacando que o cargo de vereador “é honroso”. Garantiu, no entanto, não saber qual candidatura poderia apoiar.

O PR, do vereador Luiz Paulo Salgado, e o PSC, do secretário de Segurança Alimentar, Teodózio Gregório da Silva, firmaram coligação proporcional da chapa de candidatos a vereador. Mas ambos temem que a parceria não renda frutos devido ao quociente eleitoral projetado. Se Gilson repetisse o sucesso de Zé Augusto, poderia garantir sua cadeira e abrir uma segunda vaga. Mas a última vez que o ex-prefeito esteve sozinho nas urnas o resultado foi pífio: 3.583 votos para deputado estadual pelo PSB.

CONTRADIÇÕES
Para atrair Gilson, Lauro terá de convencer o pedetista a esquecer as rusgas do passado. Na disputa de 2012, Gilson, que era o vice na chapa de Mário Reali (PT), foi acusado pelo verde de ter sido “o pior prefeito da história da cidade”. O episódio foi registrado no debate promovido pelo Diário, durante o segundo turno. As afirmações de Lauro transtornaram o ex-chefe do Executivo, que precisou ser retirado do local.

No fim do ano passado, ao anunciar sua pretensão de concorrer novamente ao Paço, Gilson disparou inúmeras críticas à atual gestão, pontuando falhas em setores primordiais como a Saúde, Educação e Cultura. Na ocasião, atacou o secretariado do verde, garantindo que é composto por pessoas “fracas”. Elogiou apenas o titular da Pasta de Finanças, Francisco José Rocha (PSDB), que curiosamente é sogro de Lauro e também integrou seu primeiro escalão, durante gestão de 1997 a 2000. 




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