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INSS ignora reabilitação de segurados
Marcelo de Paula
Do Diário do Grande ABC
06/01/2008 | 07:10
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O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem ignorado sua responsabilidade com relação à reabilitação de segurados que estão no auxílio-doença.

A auxiliar de limpeza Rosália Fernandes de Moraes, 40 anos, de Santo André, e o vendedor João Vanderlei da Silva, 55, de Mauá, ilustram bem a negligência do órgão que deveria assegurar bem-estar aos milhões de trabalhadores que contribuem mensalmente.

Rosália está afastada do trabalho há 3 anos e meio por causa de tendinite nos ombros, punhos e perda de força muscular. Ela até foi encaminhada para reabilitação, mas permaneceu com o problema e a empresa onde trabalha, o Colégio São José, solicitou seu retorno ao INSS.

No dia 24 de outubro ela recebeu o último salário referente ao auxílio-doença, mesmo mantendo a incapacidade laboral, e agora aguarda resposta ao pedido de reconsideração. “De lá para cá os peritos dizem que eu não tenho nada e ignoram meus exames”, reclama.

A situação de Silva é parecida. Funcionário das Casas Bahia, teve de se afastar em junho de 2002 por causa de uma hérnia de disco na coluna lombar. De perícia em perícia foi recebendo o auxílio-doença e em junho do ano passado fez uma cirurgia que não resolveu completamente o problema. Para piorar, em 23 de dezembro o benefício cessou e agora ele aguarda nova perícia para ver se volta a receber.

Curiosamente, até o dia 14 de novembro de 2006, Silva recebia benefício no valor de R$ 2.152. Teve negada a prorrogação do auxílio-doença por um certo período e quando voltou a receber, em fevereiro de 2007, o valor havia caído para R$ 1.496.

“Queria entender os critérios do INSS. Eu gostaria de voltar a trabalhar, mas sinto dores e mal posso me movimentar”, conta Silva.




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