O ministro da Fazenda, Guido Mantega, revelou que ainda não desistiu de fazer a desoneração da folha de pagamento das empresas. Segundo ele, essa ideia foi discutida dentro do governo quando ainda havia os recursos da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Depois, veio a crise financeira, que diminuiu ainda mais a arrecadação do governo. Por isso, foram priorizados determinados setores que poderiam estimular o consumo.
"Mas, no ano que vem, se houver recuperação da arrecadação, ainda tenho esse projeto de reduzir o custo da folha", afirmou o ministro.

Mantega disse que a medida faria bem à produção do País porque todos os setores se beneficiariam e aumentariam a competitividade. "Mas não temos condições fiscais para fazer isso agora", justificou.

O ministro lembrou que em 2010 o governo tem o compromisso de retomar a meta de superávit primário de 3,3% do PIB. Ele disse que, em caso da desoneração da folha, cada 1% de redução do pagamento da contribuição previdenciária por parte do empregador significa renúncia de R$ 4 bilhões. Então, se o governo fizer uma desoneração de 5%, teria de abrir mão de R$ 20 bilhões.