O técnico Vágner Mancini, do Santos, ainda se emociona ao falar do Vitória, o adversário do Peixe, às 18h30, no estádio Barradão. Foi lá que encontrou as condições favoráveis para se recuperar da inexplicável demissão do Grêmio (sem perder um jogo), ganhou o Campeonato Baiano de 2008 e fez um bom trabalho no Nacional do mesmo ano, a ponto de ter sido o escolhido para comandar o time da Baixada Santista após a queda de Márcio Fernandes.

"Tenho amigos lá e vou ter a felicidade de revê-los. Mas a vontade de vencer também é muito grande. É nossa chance de chegar perto ou entrar no G-4", avisou o treinador. Hoje será a primeira vez que Mancini retorna ao Barradão desde fevereiro.

Com a vitória de sábado diante do Sport, na Vila Belmiro, o treinador santista se livrou da crise que vinha ameaçando a sua permanência no cargo e teve uma semana de tranquilidade para cuidar da preparação do time visando ao jogo com o Vitória.

Ele vai aproveitar a ausência de Neymar, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, para reforçar o sistema defensivo com a entrada do zagueiro Paulo Rodrigues para ser o terceiro volante. Como Léo também está suspenso, Pará será o lateral esquerdo.

O treinador experimenta há semanas a formação mais defensiva, em razão do elevado número de gols que o time levou nas sete primeiras rodadas do Brasileirão.

Enquanto o ataque funcionou bem, as falhas da defesa ficavam encobertas, mas como o matador Kléber Pereira está sem comemorar um gol há quatro rodadas e Madson caiu de produção nas últimas partidas, Mancini resolveu mudar. E até admite trocar mais um meia por Germano, outro jogador de marcação, se o Santos sair na frente no marcador.

"Conheço bem a força do Vitória no Barradão e os números reforçam o que falo. O que o Santos tem a fazer é começar bem o jogo e procurar se adaptar rapidamente ao campo. Se o Vitória não marcar o gol logo, a torcida vai começar a pressionar e isso poderá nos ajudar", afirmou o técnico.