Economia Titulo Parcelas extras
Seguro-desemprego será ampliado a outros setores
Emerson Coelho
Do Diário do Grande ABC
20/05/2009 | 07:00
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O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, deve anunciar entre hoje e amanhã que um número adicional de trabalhadores de alguns setores poderão ter ampliação do seguro-desemprego em mais duas parcelas.

A escolha dos novos setores, segundo o ministro, será feita com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de abril. Técnicos do Ministério farão o cruzamento final de dados comparando o que ocorreu no mercado de trabalho em fevereiro, março e abril em relação ao mesmo período do ano passado.

Até o momento, 103,7 mil trabalhadores de 16 Estados e de 42 setores foram beneficiados com o aumento em mais duas parcelas no seguro desemprego desde 1º de abril, o que deve gerar um gasto de R$ 126 milhões ao governo federal.

A medida ampliou os prazos mínimo (de três para cinco meses) e máximo (cinco para sete meses) do seguro.

"O ministro não pode pensar em beneficiar apenas ex-trabalhadores da indústria metalúrgica, mecânica, têxtil, química, automobilística e da borracha. A ampliação do seguro desemprego deve ser para todos os trabalhadores em função da crise econômica", reivindicou o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah.

A UGT, que representa 5 milhões de trabalhadores no País e cerca de 400 mil no Grande ABC, já tentou junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma ação direta de inconstitucionalidade contra a medida do Ministério do Trabalho que beneficia somente alguns setores. "A Constituição Federal garante a isonomia, assegurando tratamento igual a todos. É uma injustiça contra o trabalhador brasileiro, pois isso cria distorções", afirmou Patah.

Desde setembro do ano passado mais de 700 mil trabalhadores perderam o emprego, com as empresas alegando dificuldades com a crise.




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