A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve ontem seu sexto pregão de queda de junho - subiu apenas na quinta-feira passada -, anulando todo o desempenho positivo obtido desde que o Brasil obteve a primeira nota de grau de investimento, em 30 de abril, pela S&P (Standard & Poors). A queda do petróleo, a confirmação de uma captação pela Vale e as declarações do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) justificam o tombo de ontem.

O índice recuou 2,17%, para 67.774,9 pontos, o menor nível desde o dia da nota da S&P (67.868,5 pontos). De lá para cá, a Bolsa acumula perda de 0,14%. Ontem, o índice oscilou entre a mínima de 67.067 pontos (-3,20%) e a máxima de 69.275 pontos (-0,01%). As perdas neste mês são de 6,64%, mas, no ano, a Bolsa ainda tem alta, de 6,09%.

A Vale confirmou que levantará no máximo US$ 15 bilhões em recursos, numa oferta pública primária de ações, para "fins corporativos gerais, o que inclui o financiamento de seu agressivo programa de crescimento orgânico baseado no plano de investimento de US$ 59 bilhões, aquisições estratégicas, e a ampliação da flexibilidade financeira", informou.

A proposta ainda terá de ser aprovada pelo conselho de administração da empresa e pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Os juros futuros tiveram sessão volátil. Começaram próximos da estabilidade, ensaiaram firmar-se em alta na expectativa pela divulgação do IPCA de maio, no entanto devolveram os ganhos no término da sessão. O DI janeiro de 2010 (467.740 contratos) passou de 14,77% para 14,76%; o DI janeiro de 2009 (190.840 contratos) fechou em 13,17%, de 13,16% ontem.

O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,6450 na compra e R$ 1,6470 na venda, em alta de 1,29%.