Economia Titulo Reserva
Poupança na região
cresce 18% em um ano

Em média valor per capita aplicado na modalidade
é de R$ 4.759; Diadema tem a maior alta da região

Por Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
25/06/2013 | 07:00
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 Com a contribuição de São Caetano, que é a primeira cidade do País em poupança per capita, o Grande ABC também apresentou resultado relevante no assunto. Em um ano, o valor médio guardado por morador na modalidade financeira saltou de R$ 4.030,94 para R$ 4.759,26, expansão de 18%.

A diferença é o suficiente para provar que as pessoas estão cada vez mais se prevenindo para o futuro. Isso porque ao considerar um rendimento médio anual de 6%, o crescimento no valor per capita  indica que cada poupador desembolsou R$ 40,54 por mês nos 12 meses.

Tendo em vista que a produção de riqueza do Grande ABC tem apresentado crescimento médio anual entre 0,9% e 1%, a expansão de 18% na poupança de cada morador é um resultado muito positivo, avaliou o professor de Economia Sandro Maskio, que ministra aulas na Universidade Metodista de São Paulo.

“Isso mostra que os moradores estão mais propensos a poupar”, destacou Maskio. O acadêmico analisou ainda que a economia do Brasil, no período comparado, tem mostrado sinais de estagnação, e que a região segue esse cenário. Portanto, mais um motivo que reforça a importância do aumento da poupança, disse.

Na avaliação do professor de Economia da Escola de Negócios da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Radamés Barone, o incremento da poupança per capita é uma reflexo do aumento da renda das famílias. “Quanto mais elas ganham, mais sobra para guardar. É o que chamamos (tecnicamente) de propensão marginal a poupar”, explicou.

O aumento das reservas dos poupadores também será um motor para a economia regional, lembrou Barone. Isso porque a elevação da poupança significa incremento no consumo futuro.

Os resultados são para a região com base em cruzamento realizado pela equipe do Diário. A comparação é entre os registros de março e o mesmo período do ano passado. As bases de informações são os relatórios do Banco Central de estatísticas bancárias municipais e as estimativas da população do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes ao dia 1º julho de 2012.

CIDADES - A evolução na região contou com avanço de todos os municípios. São Caetano, com valor per capita investido na poupança de R$ 11.525,56, elevou em 18,8% o resultado, sobre R$ 9.699,64.

Mas quem liderou os acréscimos foram os poupadores de Diadema. Eles aumentaram as suas reservas financeiras em 22,1%. O valor médio por morador era de R$ 3.294,09. Aproximadamente, cada um colocou no banco R$ 36,26 por mês no ano encerrado em março.

Santo André e São Bernardo demonstraram os melhores desempenhos após São Caetano e Diadema, tanto em valor médio quando em expansão anual. Os andreenses acumularam, em média, R$ 5.543,83 na poupança, com alta de 17,3%. Já a média de São Bernardo foi de R$ 5.302,20, montante 17,8% superior ao registro do terceiro mês de 2012.

As aplicações per capita de Ribeirão Pires também aumentaram 17% na relação anual, mas o valor médio é de R$ 3.393,12. Mauá e Rio Grande da Serra saltaram 15%. Os mauaenses guardaram R$ 2.241,78, em média, e os rio-grandenses, R$ 884,16.

INSTITUIÇÃO - No fim de março, as instituições financeiras presentes no Grande ABC informaram ao Banco Central que acumulavam R$ 12,28 bilhões de estoque de poupança. Boa parte deste valor estava na Caixa Econômica Federal, aproximadamente um terço.

Até o fim de maio, a instituição financeira pública registrou estoque de R$ 3,47 bilhões referentes a depósitos em suas agências da região. Esse montante representava crescimento Em captação líquida, que são os depósitos menos os saques na modalidade, a Caixa registrou R$ 145,3 milhões entre janeiro e maio deste ano. Isso foi o suficiente para atingir alta de 26% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o valor era de R$ 115,31 milhões.




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