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EUA acusam Irã de fornecer bombas a extremistas iraquianos
Por Da AFP
11/02/2007 | 16:38
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O Irã fornece bombas a grupos extremistas iraquianos, que mataram mais de 170 militares americanos e aliados desde junho de 2004. A informação é de altos funcionários da Defesa dos Estados Unidos.

"O Irã está envolvido no fornecimento de projéteis explosivos (EFP) e outros materiais a grupos extremistas iraquianos", informou sob anonimato uma fonte americana da Força Multinacional no Iraque.

Os três oficiais que conversaram com a imprensa apontaram as Brigadas Al Qods dos Guardiães da Revolução, uma parte das forças de elite do regime iraniano, como os fornecedores de armamento.

Um deles explicou que a Força Multinacional tem provas de um aumento das entregas de EFP - um tipo de bomba concebida para superar blindagens - aos grupos armados xiitas. “Consideramos que estas atividades são dirigidas desde os níveis mais altos da administração iraniana", acrescentou uma fonte, ao afirmar que as Brigadas Al-Qods respondem diretamente ao guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei.

As fontes militares exibiram fotografias de algumas bombas apreendidas, entre elas, um míssil e artefatos explosivos, para comprovar as acusações. "Mais de 170 militares americanos e das tropas aliadas morreram em decorrência do uso destas bombas e outros 620 ficaram feridos. Seu uso aumentou consideravelmente nos últimos seis meses", garantiram.

"As Al Qods armam extremistas e rebeldes para a execução de ataques terroristas e de guerrilha", declarou um militar, segundo o qual este grupo "aconselha, treina e fornece armas".

Washington afirma há várias semanas ter provas das ingerências do Irã no Iraque e prometeu divulgar detalhes sobre as redes iranianas no país vizinho. "Há provas sólidas de que os agentes iranianos estão envolvidos nestas redes, que trabalham com indivíduos e grupos no Iraque e que são enviados pelo governo de Teerã", destacou recentemente o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack.

"Acredito que, em um futuro próximo, tentaremos falar disto de forma um pouco mais pública, dentro do possível, já que se tratam de informações confidenciais", destacou o porta-voz. Os Estados Unidos acusam o regime iraniano de fornecer dinheiro, equipamentos e tecnologia às milícias xiitas iraquianas.

"Não é necessário fabricar algo no Irã para que isto proceda do Irã e represente uma ameaça para as tropas americanas ou britânicas", declarou McCormack.

"Suponho que (os iranianos) tentam apagar seus vestígios de alguma forma e que não encontraremos sobre os artefatos um selo de 'Made in Iran'. Porém, a tecnologia e os conhecimentos procedem da República Islâmica", destacou.

O Exército americano mantém presos cinco iranianos detidos em uma operação no dia 11 de janeiro contra um 'escritório de interesses' iraniano em Erbil, 350 km ao norte de Bagdá. Os militares suspeitam que estes homens estão estreitamente vinculados com as atividades contra o Iraque e as forças da coalizão mobilizadas no campo de batalha.

Teerã alega que o escritório invadido é na verdade um consulado e que os detentos são diplomatas.




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