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Vendas das pequenas apontam reação no Grande ABC
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
12/05/2009 | 07:00
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O faturamento médio das pequenas empresas do Grande ABC voltou a cair em março, mas em ritmo de queda menor do que o observado nos meses anteriores.

A retração nas vendas foi de 9,3% frente a igual período do ano passado, segundo a pesquisa Indicadores de Conjuntura, apurada pelo Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado de São Paulo). Em fevereiro, os resultados haviam encolhido, em média, 13,3% e em janeiro, 21,1%.

Em relação a fevereiro, houve, em março, uma alta de 8% no desempenho das MPEs (micro e pequenas).

Os dados sinalizam que - no que se refere aos efeitos da crise financeira internacional na economia - o pior está ficando para trás, na avaliação do economista Pedro João Gonçalves, da entidade. "Há uma tendência de que os índices fiquem menos negativos (frente ao ano anterior)", afirmou.

Entre os setores pesquisados, o levantamento feito para o Estado de São Paulo (o Sebrae-SP não tem números específicos por segmento para a região), mostra que a indústria ainda é a mais atingida. A atividade registrou queda de 11,2% na comparação com 12 meses antes, enquanto comércio teve redução de 10,2% e serviços, 3,8%.

Pequenos fabricantes dos sete municípios observam a ligeira melhora no mês, embora ainda assinalem encomendas em volume bem menor do que no início de 2008. "No primeiro quadrimestre, estamos com faturamento 25% menor", citou Vanderlei Nicola, gerente industrial da Heral, produtora de porcas e elementos de fixação para o setor automotivo instalada em Diadema.

Para ele, o aumento das vendas em cerca de 10% em março frente a fevereiro tem relação com a recomposição de estoques dos clientes.

Avaliação semelhante tem o executivo Kenjiro Nakata, da MF Middle Field, que fabrica utilidades domésticas (jarras, cafeteiras etc) e que também está sediada em Diadema. Ele estimou que a retração foi superior a 30% no início deste ano. "Em março melhorou um pouco", afirmou, avaliando que o comércio ficou desabastecido de produtos e, por isso, ampliou as compras.




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