O encarregado de negócios da embaixada iraniana em Buenos Aires, Moshen Baharvand, afirmou que o Irã está disposto a abrir diálogo com o governo argentino para demonstrar sua desvinculação com o atentado à sede da Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), em 1994, que resultou em 85 mortos e cerca de 300 feridos.

"Necessitamos de um canal de diálogo para estar em contato. O Irã está disposto a abri-lo com o governo argentino", disse Baharvand em declarações ao jornal Clarín.

Baharvand insistiu que "o importante agora é criar um mecanismo bilateral" entre Irã e Argentina e descartou que as frágeis relações bilaterais estejam a ponto de se romper depois que a Interpol recebeu na quinta-feira os pedidos de captura contra oito ex-governantes e diplomatas iranianos, entre eles o ex-presidente Akbar Rafsandjani (1989-1997).

O juiz Rodolfo Canicoba Corral anunciou na semana passada a solicitação de prisão de ex-governantes do Irã, acusados de "crimes de lesa-humanidade" por suposta responsabilidade no ataque contra a Amia.