A maior parte das quedas d’água ficam no alto da serra, próximas às divisas com os municípios de Itirapina, Torrinha, Charqueada e Brotas. Embora quase todas as cascatas estejam dentro de propriedades particulares, as visitas costumam ser liberadas mediante o pagamento de taxas, que costumam ficar em torno de R$ 5.
Mas também há fazendas que permitem visitar cascatas gratuitamente, e até na companhia de guias. É o caso do sítio Cachoeira da Furna, onde uma árvore petrificada indica a chegada da trilha que conduz à maior queda d’água da região, com nada menos que 154 m de altura – verdadeiro deleite para os amantes de rapel e canyoning. Além dela, a propriedade também oferece caminhadas até a Caverna dos Morcegos (que, como o nome indica, abriga morcegos herbívoros gigantes), cavalgadas, arvorismo com tirolesa para crianças, pesque-solte e um dos mais charmosos restaurantes de comida caseira da cidade, com doces e pratos mineiros feitos no fogão a lenha para o almoço, e café colonial à noite.
Receita semelhante é adotada pela Pousada Fazenda Palmeiras, que faz feijoada no inverno e aipim no fogo de chão aos fins de semana (a refeição custa R$ 12). A trilha para a cachoeira é gratuita, e ainda pode-se praticar escalada, rapel em um paredão com 65 m de altura, cavalgada e passeios de jipe. O que mais chama a atenção, no entanto, é o valor histórico da propriedade: antiga fazenda de café, o local abriga uma Casa de Máquina com uma tulha do início do século XIX.
Vizinha à Palmeiras está a cachoeira do Saltão, que esbanja imponência no alto dos seus 75 m de queda. Mas tanta beleza só serve mesmo é para fotografar porque a força da água torna o banho perigoso, e pode causar certa frustração a quem se dispôs a pagar R$ 5 para encarar a trilha estreita, íngreme e coberta de pedras soltas que parecem fazer questão de ver os pés perderem o equilíbrio e deslizarem sobre os pedriscos.
Por isso, para quem busca o refresco de um banho depois da caminhada, as melhores opções são as cachoeiras Dorigon, Escorregador e do Astor. A primeira é a que apresenta o mais fácil acesso: são apenas 200 m em passarela cimentada, com degraus de pedra e até corrimão. O hotel Cascata Dorigon cobra R$ 5 por visitante e ainda mantém uma curiosa criação de avestruzes próximo à trilha. Já a Escorregador é a mais indicada para quem busca diversão: por R$ 7, o visitante pode passar o dia brincando de escorregar nas pedras e corredeiras do rio. O sítio ainda oferece camping, pousada e tirolesa.
As quedas do Astor também são outro convite irrecusável ao banho, com a água formando um imenso lago de areia no fundo, próprio para natação. Para chegar às duas quedas principais – uma com 28 m e outra com 50 m de altura – é preciso percorrer uma trilha íngreme, com 67 degraus largos e corrimão de cabos de aço em meio à mata nativa repleta de seriemas, tucanos, quatis e outros bichos.
E ainda tem a cachoeira do Dinossauro, com 80 m de queda encravada bem no topo da serra, a 600 m de altitude. Com acesso a pé a partir do Rancho do Vicentão, a cascata e sua vegetação formam, na montanha, o desenho de um dinossauro quando vistas de longe.
A jornalista viajou a convite do Hotel Fazenda Fonte Colina Verde
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