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Roubos de celulares acende alerta sobre proteção de dados
Da Redação, com assessoria
Do 33Giga
06/08/2021 | 15:56
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Casos de roubos de celulares abrem cada vez mais portas para o golpe conhecido como “limpa-contas”, no qual os criminosos conseguem acessar dados pessoais da vítima e invadir aplicativos e contas bancárias mesmo com senhas, reconhecimento facial e biometria, burlando até mesmo a complexidade dos sistemas de segurança dos smartphones.

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), em 2020, o estado de São Paulo registrou sozinho mais de 300 mil furtos ou roubos de celulares, o que significa uma média de 825 ocorrências do tipo por dia. Dados referente ao mês de maio deste ano apontam que 63,2% dos casos envolvem roubos de smartphones.

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As estatísticas acendem um alerta sobre como os dados pessoais podem estar vulneráveis. De acordo com Francisco Gomes Junior, especialista em direito digital, boa parte da população ainda não tem a consciência sobre a importância de guardar devidamente as próprias informações. “Costumo dizer que um ditado exemplifica bem essa importância: ‘Os dados pessoais são os seus mais valiosos ativos’. Há casos em que empresas extraiam eles sem que você note, enquanto criminosos buscam acesso por meio de roubos de celulares, notebooks e tablets”, ressalta.

Para quem deseja ter menos dor de cabeça em casos de roubo, furto ou até mesmo perda do smartphone, o especialista indica sete medidas que podem evitar e diminuir riscos de invasão. Confira!

  1. Comece não guardando senhas no celular ou em qualquer outro tipo de aparelho eletrônico. Deixe em um lugar seguro, se possível offline.
  2. Evite deixar o celular aberto, pois os criminosos acabam tendo maior facilidade para utilizá-lo. Diminua também o tempo de bloqueio automático da tela.
  3. Opte pela autenticação em duas etapas em todos os aplicativos que tenham essa opção. Assim, além da senha do desbloqueio do celular é indicado ter códigos específicos para entrar em cada um.
  4. Utilize senha para o chip. Quando se compra um número de operadora, ele já vem com um código. Busque alterá-lo na opção “PIN do SIM” do aparelho. Com isso, só poderá ser utilizado novamente mediante a senha.
  5. No caso dos aplicativos de bancos, utilize dupla checagem para operações financeiras, evitando que a confirmação se dê por código enviado por SMS, já que, no caso de roubos de celulares, a mensagem fica de fácil acesso. Faça a confirmação por e-mail ou contato telefônico com confirmação de dados.
  6. Na maioria dos celulares, é possível ter uma senha alfanumérica mais longa, indo além dos seis dígitos padronizados. Acesse as configurações do telefone e configure um código maior.
  7. Anote o número do IMEI do seu celular em um lugar seguro. Essa sequência é considerada o “chassi” do telefone e deve ser informada no caso de roubo, para bloqueio do aparelho.

Se mesmo com todos os cuidados, você for uma das vítimas de roubos de celulares, o indicado é apagar os dados remotamente. Os sistemas Android e iOS podem ser acessados facilmente pelo PC, possibilitando que a vítima delete todas as informações. Depois, com o IMEI em mãos, solicite o bloqueio junto à operadora. Isso impede automaticamente a utilização do aparelho. Se tiver estabelecido a senha para o chip, ainda que mudem de aparelho, ele não funcionará sem o respectiva código.

Ainda é importante realizar o Boletim de Ocorrência perante a autoridade policial ou online narrando o ocorrido. Entre em contato com os bancos que fazia uso dos aplicativos, encaminhe cópia do boletim de ocorrência e solicite bloqueios devidos e emissão de novos cartões. Por fim, verifique no site registrado do Banco Central se houve ou não a utilização de seus dados fraudulentamente.

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