O Hospital Estadual de Diadema completa nesta quarta-feira cinco anos de funcionamento e já faz planos para 2006: aumentar de cinco para dez o número de leitos da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) infantil. O custo da obra e seu início ainda não estão definidos. Neste ano, o hospital recebeu sete novos leitos de UTI adulto. Agora conta com 18. Referência em diversas especialidades médicas, a unidade de saúde conta atualmente com 272 leitos, sendo 23 de UTI. Atende a 35 especialidades médicas. Em abril último, o Diário registrou um déficit de leitos de UTI na região. Na ocasião, o Estado apontou a existência de 287. No entanto, as prefeituras garantiram haver apenas 161, uma diferença de 126 leitos.

De acordo com o diretor executivo do hospital, Mário Hideo Kono, a ampliação gradual trouxe ganhos significativos à região. “Quando inauguramos o prédio, em outubro de 2000, tínhamos apenas clínica médica e pediatria, com 14 leitos”, recorda. O número de cirurgias também foi ampliado. Entre 2001 e 2004, saltou de 2.357 para 6.897. Nos primeiros nove meses deste ano, já foram realizadas 5.770. O atendimento ambulatorial cresceu 31% – saltou de 90.548, em 2001, para 118.617, em 2004. No mesmo período, o número de internações subiu de 6 mil para 11,5 mil no ano passado.

Gerenciado pela Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, o hospital, situado no bairro Serraria, mantém em suas dependências uma horta comunitária. “Fornecemos as sementes e o terreno. A comunidade cultiva e usufrui da colheita”, explica Hideo Kono.

O hospital criou ainda a EAOC (Escola de Artes, Ofícios e Computação). Inaugurada em 2002, contribuiu para o reforço escolar de 225 alunos do ensino fundamental e capacitou 131 mulheres no curso de corte e costura. “A escola aproximou a comunidade. Quem termina um curso às vezes volta para fazer outro”, disse a pedagoga Adriana Santana. Neste ano, 60 alunos que passaram por reforço escolar ganharam aplicação de flúor e atendimento odontológico gratuito.