Cultura & Lazer Titulo
Música nos cinemas
Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
13/09/2009 | 07:00
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A diversidade musical brasileira inspira a volumosa safra de documentários que chegou ao mercado neste ano. O fato não passou despercebido à MTV, que até criou categoria para o gênero no VMB 2009 (Video Music Brasil), que ocorre em outubro.

Além de narrarem a trajetória de nomes referenciais, as produções têm em comum o alto nível de qualidade e as boas críticas da imprensa. Apesar disso, apresentam bilheterias modestas comparadas à de produções como Se Eu Fosse Você 2 e Divã, que atraíram multidões aos cinemas.

Diretores ouvidos pelo Diário listaram razões para a avalanche de lançamentos e as dificuldades enfrentadas por quem atua nesse setor. “Ouvi de distribuidores de cinema que documentários têm historicamente menos público que ficção. O que vai estimular a bilheteria é o que está acontecendo agora, quando temos filmes bons passando”, afirma Oscar Rodrigues Alves, codiretor de Titãs – A Vida Até Parece uma Festa.

Para Micael Langer, codiretor de Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei, a legislação brasileira restringe a atuação dos documentaristas. “As leis tendem a engessar as produções, especialmente em relação a direito de imagem. O Michael Moore nunca poderia fazer um filme sobre Bush se ambos fossem brasileiros, pois a legislação obrigaria o diretor a pedir autorização ao ex-presidente, mesmo se utilizasse material de arquivo ou de domínio público. Em um país como o nosso, não poder fazer documentário de denúncia é um crime hediondo e inafiançável.”




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