O ala/zagueiro Dedimar decidiu trocar o Santo André pelo Verdy Tokio. Depois de defender o Jubilo Iwata na temporada 1998, o principal líder do grupo nas mais recentes conquistas do time retorna ao futebol japonês para cumprir dez meses de contrato. No clube, todos lamentaram a saída previsível do grande capitão, mas, ao mesmo tempo, comemoraram o novo salto pessoal e profissional de uma das maiores referências disciplinares do elenco. “Eu e o presidente (Jairo Livolis) conversamos numa boa. Ele reconheceu que não daria para concorrer. Que não daria para desperdiçar uma chance como essa. Vou embora e um dia pretendo voltar à minha verdadeira casa”, supõe Dedimar, que jura amor eterno ao Santo André.

A exemplo de Livolis, o diretor de futebol Sérgio do Prado assume que seria mesmo impossível encarar a proposta dos asiáticos. “Infelizmente, já desconfiávamos disso. Só podemos desejar boa sorte a quem tanto se dedicou ao clube”, agradeceu Prado, ao se referir a um dos comandantes do acesso à elite estadual e aos títulos da Copa Estado e Copa do Brasil, além da bela campanha na Libertadores da América e do quarto lugar no Campeonato Paulista. O amplo currículo de Dedimar inclui o Coritiba, Juventude, Vitória-BA, Jubilo Iwata, Botafogo-SP, Palmeiras, Atlético-MG e Paulista de Jundiaí, além da Seleção Brasileira Sub-20 no Sul-Americano e no Mundial de 1995.

Tempo quente – Na semana passada, a neblina interrompeu o jogo-treino do Santo André contra o São Bernardo. Quinta-feira, a vilã era outra: a suposta violência no campo da Estância Santa Luzia. De repente, o supervisor Alexandre, do São Bernardo, invadiu o gramado para reclamar da arbitragem do preparador físico Jean Cláudio Andrade. O técnico Veludo, perplexo, viu o chefe pedir o fim dos trabalhos aos 28 minutos. “Só queríamos treinar, nunca medir forças contra o São Bernardo”, observou Sérgio do Prado, ao comentar o episódio.