O comércio irregular de fogos de artifício por vendedores ambulantes volta a se espalhar por cidades do Grande ABC às vésperas do Réveillon. De forma escancarada, camelôs foram flagrados nesta semana em pelo menos três pontos diferentes de Santo André e São Bernardo.

Em barracas improvisadas, sem qualquer item de segurança nem alvará específico de funcionamento para esta finalidade, os ambulantes foram vistos manuseando os fogos de artifício, inclusive, perto de crianças, o que é proibido pela legislação federal.

Conforme apurado pelo Diário, os valores do produtos variam de R$ 22 a R$ 40, dependendo da quantidade de explosivos, que pode chegar a conter até 12 unidades por caixa.

Ontem, na travessa da Avenida São Bernardo com a Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, na Vila Luzita, em Santo André, dois ambulantes disputavam espaço junto a demais barracas de frutas e vestimentas. Por lá, nem mesmo a passagem de viaturas da Polícia Militar intimidaram os camelôs que, em contato com a equipe de reportagem, chegaram a assumir a falta de documentação para atuar no local. Os dois vendedores abordados pelo Diário não quiseram se identificar.

Para o capitão do Corpo de Bombeiros Marcos Palumbo, o comércio irregular desses produtos pode provocar sérios danos. “É muito comum que, ao manusear fogos de artifício, a pessoa que não tem experiência o faça de forma errada e acabe se acidentando. Além disso, são muito recorrentes os casos de incêndio por conta dos itens”, afirma. “Quem quer comprar esses artefatos precisa buscar comércios legalizados.”

Neste ano, na tentativa de amenizar os transtornos causados pela queima de fogos, três prefeituras da região confirmaram que não irão promover eventos durante a virada de ano. São elas: Santo André, São Bernardo e São Caetano. Em comum, todas têm em tramitação projetos semelhantes à lei sancionada na Capital pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), em maio, que proíbe o show de luzes barulhentas.