Setecidades Titulo São Bernardo
Polícia flagra furto de
energia em mais um hotel

Park Plaza é vizinho de estabelecimento onde duas pessoas foram presas no início do mês no Jardim Chácara Inglesa

Aline Melo
Bianca Barbosa
Especial para o Diário
22/09/2018 | 07:00
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Nario Barbosa


 Pela segunda vez em menos de um mês, a Eletropaulo flagrou furto de energia elétrica em um hotel de São Bernardo. Na quinta-feira, vistoria realizada pela concessionária no Hotel Park Plaza, no Jardim Chácara Inglesa, constatou a existência de várias ligações irregulares. Técnicos da empresa estiveram no local ontem para lacrar os relógios. 

No dia 6, duas pessoas foram detidas por furto qualificado de energia no Hotel PalmLeaf Grand Premium (os estabelecimentos são vizinhos). Na ocasião, o proprietário do empreendimento, Daniel Felipe Souza Penha, 38 anos, e o empresário Wanderson Gomes Miranda, 42, foram indiciados pelo crime, após terem sido flagrados por equipe da Polícia Civil. A dupla passou por audiência de custódia, foi liberada e responderá em liberdade pelo ato. A dívida com a concessionária chega a R$ 110 mil.

Nesta nova fiscalização, ninguém foi detido, mas os investigadores reconheceram Miranda, dono da empresa que realizava a religação clandestina do fornecimento de energia elétrica ao hotel, nas dependências do imóvel. O empresário foi convocado a prestar esclarecimentos e negou envolvimento nas irregularidades constatadas desta vez, afirmando que é contratado do estabelecimento para serviços gerais. A Eletropaulo não informou o valor da dívida do Park Plaza.

O estabelecimento flagrado é um residencial misto e, além de hotel, conta com 26 proprietários de apartamentos. No total, são 102 unidades, sendo que várias estavam com energia por meio da ligação clandestina, bem como a área comum. Havia também quartos que estavam puxando a energia dos apartamentos com proprietários individuais. 

Em 2017, os donos passaram a pagar a taxa de condomínio para Daniel Penha, o proprietário do PalmLeaf que foi detido em 6 de setembro. Penha alegou, na época, que havia comprado 76 unidades da empresa Challenger e que, por isso, seria o síndico administrador. 

Apesar de pagar a taxa de condomínio, os proprietários acompanharam a deterioração dos espaços. Além de não efetuar manutenção, Penha teria montado uma nova hotelaria dentro do estabelecimento, batizada de D.Felipe. Agora que houve a constatação da fraude, o grupo de proprietários pretende regularizar a situação para reabrir o empreendimento. “Se você visse como esse prédio era antes, eu tinha muito orgulho”, contou empresário João Carlos Gonçalves Condeo, 65 anos, proprietário do apartamento 47 desde 1981 e integrante do conselho de proprietários. 

Há cerca de quatro meses, o grupo responsável pelo hotel contratou a advogada Aline Stangolini, 32, e o síndico profissional Rafael Ferreira, 35. “O Daniel tinha uma chave eletrônica e estava locando as unidades que são dos proprietários, sem repassar o valor”, acusou Ferreira. O síndico contratou uma empresa para administrar as áreas comuns e relata que, desde então, Penha tem feito ameaças aos proprietários.

O caso foi registrado no 1º DP (Centro) de São Bernardo. A equipe do Diário não conseguiu contato com Penha ou seu advogado. O Hotel PalmLeaf segue fechado desde o início do mês. No Park Plaza, em ao menos uma unidade existe morador, as outras são utilizadas para locação e estavam desocupadas, segundo informações passadas pelo síndico.




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