Política Titulo NA GLOBO
Em sabatina, Alckmin defende ex-secretário preso
Daniel Tossato
30/08/2018 | 07:07
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Em participação na sabatina do Jornal Nacional, da Rede Globo, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu o ex-secretário de Logística e Transporte e ex-diretor do Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A) Laurence Casagrande, afirmando que o ex-chefe da Pasta é um “injustiçado”.

Casagrande foi preso no dia 21 de junho, após investigações da Operação Pedra no Caminho, braço da Lava Jato em São Paulo, apontar desvio de recursos em contratos do Trecho Norte do Rodoanel em 2013, quando ele era presidente do Dersa.

“No Trecho Norte apareceram algumas rochas que não estavam previstas. Uma junta especializada foi montada e essa junta chegou à conclusão de que elas atrapalhariam o plano (original). Laurence é um homem digno e está sendo injustiçado. Espero que ele tenha este espaço no jornal quando for absolvido”, argumentou o tucano.

Em queda de braço com o âncora William Bonner, Alckmin ainda disse que o jornalista conseguiu informações sobre esse caso as quais ele não tinha acesso. “Você, então, é mais poderoso do que eu para obter informações.”
Ao declarar que apoia a Lava Jato, Alckmin, atual presidente nacional do PSDB, não escondeu desconforto ao ter de explicar a situação dos correligionários tucanos investigados por corrupção, como Aécio Neves, senador mineiro e candidato a deputado federal, e o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo.

“Aécio não foi condenado. Ele está sendo investigado e vai ter de responder na Justiça. Não passamos a mão na cabeça. Não transformamos réu em vítima. Eduardo Azeredo está afastado da política há muito tempo. Tenho certeza que ele sairá do PSDB e eu não precisarei expulsá-lo”, bancou. Ele também se esquivou de indagação sobre integrantes do Centrão, grupo de partidos que o apoia, estarem na mirada Lava Jato. “Busquei os melhores quadros de cada sigla.”

O candidato tucano teve de responder sobre a Segurança Pública, já que foi sob a governança dos tucanos que facção que atua dentro e fora dos presídios aumentou seu raio de ação. “Óbvio que nego esta realidade. As pessoas acabam por contar muitas vezes esta história e ela acaba sendo tomada como verdade”, alegou o ex-governador paulista, que ficou à frente de São Paulo por quatro mandatos. “Os problemas do Brasil são a droga e o tráfico de armas. Isso é tarefa para o governo federal. Os Estados estão enxugando gelo.”

Ainda nesse tema, o candidato reforçou o posicionamento que tem adotado ao discorrer que pretende acabar com a lei de execuções penais, que dá o direito do encarcerado sair durante determinadas datas. “Vou acabar com este negócio de ‘saidinha’. O que venho fazendo por São Paulo, irei fazer pelo Brasil.”

Alckmin também foi questionado sobre o deficit de habitação em seu governo e o ritmo em que entregou moradias populares. “O governo de São Paulo é o único a investir em Habitação em toda Federação. Investimos 1% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) somente para a moradia e fizemos a primeira PPP (Parceria Público-Privada) para construção e entrega de casas”, alegou. 




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