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Azulão aposta em 3ª opção para reagir

Após recusas de Guedes e Chamusca, Pintado tem desafio de unir grupo e avançar no Paulista

João Victor Romoli
Do Diário do Grande ABC
07/02/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O São Caetano agiu rápido e anunciou ontem o técnico Pintado para o restante da temporada. Ele foi a terceira opção da diretoria, que havia procurado Sérgio Guedes e Péricles Chamusca para comandar a equipe. O novo treinador, que assinou contrato até novembro, terá a missão de acalmar o ambiente no Estádio Anacleto Campanella, fazer o Azulão reagir no Paulistão e avançar na Copa do Brasil, na qual estreia hoje (leia mais abaixo).

“Grande oportunidade trabalhar aqui novamente. Sempre fiquei atento ao que acontece no São Caetano porque tenho amigos neste lugar. Sei do peso que tem essa camisa, e tenho como objetivo de vida fazer bom trabalho aqui”, disse o treinador.

Essa é a terceira passagem de Pintado pelo clube, após oportunidades em 2008 e 2013. E ele chega com o auxiliar Luiz Fernando, que estava com Eduardo Baptista na Ponte Preta. O último trabalho dele foi como auxiliar de Rogério Ceni no São Paulo, mas acabou desligado da comissão técnica em junho, depois da contratação de Dorival Júnior.

O treinador se vê mais experiente em relação às outras passagens pelo Azulão. “Conversando com a diretoria eu chego mais maduro. Trabalhei com grandes profissionais neste período, que me ofereceram informações importantes para minha mudança. Passei a observar o jogo de maneira mais ofensiva. Quero levar isso para dentro de campo”, explicou Pintado.

O treinador, 52 anos, terá a missão de tirar o São Caetano da lanterna do Estadual e amenizar a crise nos bastidores da equipe. O Azulão está com apenas três pontos no Grupo B.

Pintado defendeu o elenco e elogiou os atletas. “Vejo um grupo de jogadores comprometidos e de grande qualidade. Alguns ajustes vão elevar nosso nível para reagir no campeonato”, completou.

Apesar de ter comandado apenas um treino no São Caetano, ele vai dirigir a equipe já no confronto de hoje, diante do Criciúma.  

S.Caetano joga por classificação e paz

O São Caetano entra em campo hoje no Anacleto Campanella para espantar a crise e dar respostas aos torcedores. Com Pintado já no comando, a equipe pega o Criciúma, às 19h30, pela primeira fase da Copa do Brasil.

O time titular deve sofrer modificações no setor defensivo, já que o novo treinador busca equilibrar a equipe. Domingues é o principal candidato a ir para o banco de reservas. Já o volante Cristian será mais uma vez preservado para a disputa do Paulistão, sábado, contra o Red Bull.

Na apresentação, Pintado afirmou que buscará a classificação atacando o Criciúma. “O adversário tem tradição e tem história, mas vamos jogar em casa. Precisamos de bons resultados, e temos o pensamento de vencer o jogo. Vamos correr riscos porque vamos atacar o Criciúma. Temos que colocar algo novo”, destacou.

O Azulão precisa vencer o confronto para se classificar, já que pelo regulamento o empate favorece os catarinenses. A vitória ainda garante R$ 500 mil ao clube.

Nairo anuncia fim da carreira do atacante Jô Fernandes

Chegou ao fim a carreira de Jô Fernandes. Aos 26 anos, o atacante não suportou as dores no joelho direito e pediu para a diretoria do São Caetano rescindir seu contrato, que iria até setembro de 2019. O jogador havia deixado o treino irritado na semana passada e o motivo foi esclarecido ontem pelo presidente Nairo Ferreira de Souza.

“O Jô nos procurou e pediu para rescindir seu contrato porque não está conseguindo mais treinar por conta das dores no joelho direito”, explicou Nairo. “Não teve nenhum problema de relacionamento com o grupo ou com o (Luís Carlos) Martins (ex-treinador). Fizemos o que podíamos para recuperá-lo, mas ele chegou à conclusão que não dava mais”, ressaltou.

Jô perdeu 2017 em recuperação após ser submetido a duas cirurgias no joelho direito. Neste ano, vinha trabalhando com o restante do grupo e foi titular em dois jogos do São Caetano no Campeonato Paulista, contra Linense e Novorizontino, mas resolveu abandonar a carreira. Segundo Nairo, ele deve continuar no futebol cuidando dos interesse de seu irmão, o zagueiro Mário Fernandes, que atua no CSKA Moscou, da Rússia.

Nairo negou que tenha havido qualquer problema de relacionamento entre Martins e o elenco do São Caetano e reafirmou que a saída do treinador foi voluntária. “Não tem nada de elenco rachado, o clima no grupo é excelente, não teve nenhum problema. O que aconteceu é que o Martins nos procurou e disse que queria sair porque estava desgastado”, disse. (Anderson Fattori)




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