A construção do Complexo Hospitalar de Ribeirão Pires voltou a ser debatida ontem pela alta cúpula do Estado durante reunião realizada entre o secretário estadual de Saúde, David Uip, e o prefeito do município, Adler Kiko Teixeira (PSB). No encontro realizado na Capital, mais uma vez, o chefe do Executivo reforçou o pedido de apoio da gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para repasse de verba extra de R$ 7,4 milhões estimados para conclusão das obras da unidade hospitalar.

Iniciada em 2008, quando à época recebeu aporte de R$ 14,4 milhões do governo estadual para início dos trabalhos, a construção do Complexo Hospitalar de Ribeirão Pires segue paralisada desde 2013 por falta de verba, conforme noticiado pelo Diário.

“Contamos com o apoio estadual para que, o mais brevemente possível, possamos retomar e concluir a construção do Complexo Hospitalar. Apesar de ser uma obra iniciada há quase dez anos, e que não avançou na última gestão, temos o compromisso com a população de solucionar os impasses do passado e melhorar a qualidade dos serviços prestados”, explicou Kiko.

No momento, a análise do plano de obras do projeto para construção do complexo é o único item pendente para que o Estado possa de fato dar aval positivo para liberação da verba solicitada pelo município. O documento atualizado, entregue no mês passado pela Prefeitura de Ribeirão Pires, ainda segue em “análise técnica”, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

“Esta foi uma reunião produtiva de trabalho. Precisamos entender os problemas e encontrar as soluções. E é fundamental regionalizarmos as soluções. Cabe ao Estado ajudar o município no término das obras. Tão importante quanto isso é termos plano operativo (da unidade) compatível com a realidade do município e da região”, observou o secretário de Estado de Saúde, David Uip, durante o encontro.

ABANDONO

Localizado ao lado da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia, o complexo hospitalar, que teria capacidade para 123 leitos, apresenta cenário de total abandono. Em visita realizada no local no mês passado, o Diário constatou que o esqueleto do equipamento está completamente sem acabamento, tendo apenas a estrutura das torres principais consolidada. Funcionários da empreiteira responsável pela obra sequer dão expediente no canteiro de obras.