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Correios entram no sexto dia de greve
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
18/09/2007 | 07:05
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Os funcionários da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) estão firmes quanto a mobilização realizada pela categoria. A greve da categoria já avança para o sexto dia, com a adesão de cada vez mais trabalhadores pela reivindicação de melhores condições salariais e manutenção dos benefícios.

Segunda-feira, em mais uma assembléia no Centro de São Paulo, os funcionários decidiram manter a paralisação. Em mais um dia de reuniões entre os dirigentes da classe e a empresa estatal, não houve avanços nas reivindicações econômicas ou sociais.

“Sem nenhum avanço, os Correios só fizeram com que o movimento crescesse”, conta Mizael Cassimiro, secretário de Imprensa do Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos de São Paulo e Grande São Paulo).

Segundo o sindicalista, a adesão da categoria nos locais onde o sindicato atua já é de 90%. No Grande ABC, o movimento também cresceu, pois, segunda-feira, o Centro de Tratamento de Correspondência – que fica em Santo André e a abastece toda a região – parou suas atividade totalmente.

Reivindicações - Os funcionários dos Correios querem um reajuste salarial de 47%, o que inclui as perdas dos últimos dez anos, além da inflação até agosto de 2007, mês da data-base da classe.

Os trabalhadores também querem um aumento de R$ 200 para todos os trabalhadores e a manutenção dos benefícios.

Já a ECT ofereceu correção salarial de 3,74%, aumento de R$ 50 para janeiro do próximo ano e abono de R$ 400. Segundo trabalhadores da empresa, a estatal ainda quer diminuir abrangência do plano de saúde, retirando pais e filhos do benefício.

Serviços - Segundo a ECT, cerca de 6 milhões de correspondência estão em atraso na Capital, Grande São Paulo e Baixada Santista. Os serviços como Sedex 10 e Sedex Hoje estão suspensos enquanto a greve não acabar.

O setor mais afetado pela paralisação é a de entregas, pois, segundo a estatal, a adesão é de 35% da categoria nessas regiões, sendo a maioria de carteiros. Já as agências estão funcionando normalmente.

No Grande ABC, são cerca de 900 carteiros. O piso da categoria está em torno dos R$ 540 mensais.



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