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Só deixo Paço para ser governador, diz Lauro

Prefeito nega que pretende se afastar do cargo para ser candidato a deputado federal em 2018

Por Junior Carvalho
Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
04/04/2017 | 07:00
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O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), afirmou ao Diário que só se afastaria do Paço para ser candidato a governador de São Paulo, em 2018, ao negar que tenha intenção em se licenciar da Prefeitura para disputar vaga na Câmara dos Deputados no ano que vem, como já confidenciou a aliados.

A ideia seria formar dobrada com o primo, o presidente da Câmara, Marcos Michels (PSB), que asfalta candidatura à Assembleia Legislativa. “Eu só me afasto da Prefeitura para concorrer ao cargo de governador do Estado. Vou trocar a Prefeitura de Diadema para ser deputado federal? A ideia parece ser idiotice. Quem está falando isso está com medo de mim. Estou muito tranquilo e vou fazer um mandato de quatro anos novamente, entregar os projetos, mostrar nosso trabalho”, despistou o verde.

Interlocutores de Lauro relataram ao Diário que o verde já teria dito reservadamente que cansou de ser prefeito e que quer ser deputado. O descontentamento é com a pressão que o governo vem sofrendo do grupo político ligado ao Água Santa, time de futebol profissional da cidade, com quem o verde rompeu recentemente. A ala tem representante próprio na Câmara, o vereador Revelino Teixeira, o Pretinho (DEM), e tem engrossado o blocão da oposição no Legislativo, o chamado G-12 (grupo de oposicionistas do PT, PR, PRB, DEM e PPS). A aliança já rendeu duas CPIs contra o governo para investigar contratos feitos sem licitação pela administração.

Pela empreitada, Lauro renunciaria ao cargo de prefeito, para o qual foi reeleito em outubro, caso ganhasse a eleição. O Paço ficaria nas mãos do vice-prefeito, Márcio da Farmácia (PV), que disputaria a reeleição em 2020, antecipando projeto de o verde ser o candidato a sucessor de Lauro. A estratégia, contudo, seria colocada em prática apenas se a chamada lista fechada fosse adotada como nova regra eleitoral para disputas por vagas no Legislativo, como discutem os parlamentares em Brasília, de olho já no pleito de 2018.

CONSÓRCIO
Lauro também comentou sobre sua intenção em tirar Diadema da composição do Consórcio Intermunicipal, a ser concretizada na reunião de hoje entre os prefeitos. O verde sugeriu que o colegiado abandone o perfil de entidade pública, conquistada há quase uma década e que permitiu o órgão receber recursos externos. “Penso que a gente tem que refundar o Consórcio, voltando às origens dos anos de 1990. Licitação e essas coisas acabam atrapalhando e, com a crise econômica, os municípios perdem potencial de investimento”, sugeriu. 




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