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Jibril Rajub é o novo conselheiro de Arafat
Por Da AFP
25/08/2003 | 11:15
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O ex-chefe de Segurança Preventiva na Cisjordânia, Jibril Rajub, anunciou esta segunda-feira que o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, o nomeou para o cargo de conselheiro de Assuntos de Segurança, para assessorá-lo na reestruturação dos serviços policiais.

O coronel Rajub informou que Arafat o convocou para ser a eminência parda do Conselho Nacional de Segurança. "O Conselho Nacional de Segurança (presidido por Arafat) ficará encarregado de reestruturar o conjunto dos serviços de segurança e de supervisionar e coordenar as relações entre a Autoridade Palestina e o Quarteto" (União Européia, Estados Unidos, ONU e Rússia), autor do "mapa da paz", o último plano internacional de paz internacional para o Oriente Médio, acrescentou.

Os serviços de segurança palestinos são acusados por Israel de não combater os grupos radicais palestinos responsáveis por ataques contra o Estado hebreu. Segundo os termos do "mapa da paz", a Autoridade Palestina, que os aceitou incondicionalmente, deve desarmar e desmantelar os grupos radicais.

Rajub, de 48 anos tem a reputação de ser um nacionalista intransigente e passou mais de um terço de sua vida nas prisões israelenses. Ele é considerado um dos poucos homens capazes de opor resistência a seu antigo adversário, o ex-chefe de Segurança Preventiva na Faixa de Gaza Mohamed Dahlan, atual ministro delegado para os Assuntos de Segurança e ligado ao primeiro-ministro palestino Mahmud Abbas (Abu Mazen).

Para o cientista político palestino Hani al-Masri, o retorno de Rajub ao círculo dos assessores de Arafat (que o destituiu no ano passado) é um desafio aberto a Dahlan, sinal das divergências na Autoridade Palestina. "Isto fragiliza claramente Dahlan", explicou Al-Masri. "Rajub sempre foi seu rival e tem os meios para enfrentá-lo".

Para Al-Masri, esta nomeação demonstra que Arafat se recusa a ser isolado, como pretendem Israel e os Estados Unidos, que lhe impuseram Abbas como primeiro-ministro. "Arafat não quer largar o poder que mantém sobre os órgãos de segurança", disse Al-Masri.

Depois do atentado suicida que causou 21 mortes no dia 19 de agosto em Jerusalém, os dirigentes palestinos estão mais uma vez sob a pressão dos Estados Unidos e de Israel para desmantelar imediatamente os grupos armados.

Os Estados Unidos suspeitam claramente que Arafat não tem nenhuma intenção de fazer isto e o acusam de incentivar a violência de maneira oculta.




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